'Como pode?'

Bolsonaro critica prisão: ‘obstruir investigações já concluídas?’

Ex-presidente questionou argumento central de prisão preventiva de seu ex-ministro e vice na chapa derrotada de 2022

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Ex-presidente Jair Bolsonaro lembrou que PF já concluiu inquérito que general Braga Netto foi preso acusado de obstruir. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Quase 13 horas depois de seu ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto (PL) ser preso pela Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou, na noite deste sábado (14), o argumento central da determinação da prisão preventiva do oficial da reserva do Exército: “Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”.

A crítica à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para prender seu vice na chapa derrotada em 2022 foi fundamentada no fato de a PF ter enviado à cúpula do Judiciário o relatório do inquérito com indiciamento de 37 pessoas, inclusive Braga Netto, acusados de crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

“Há mais de 10 dias o ‘Inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP”, ressaltou Bolsonaro, na publicação em suas redes sociais, por volta das 20h de ontem, com três frases sobre a “prisão do general”, que não cita o nome.

Cerca de quatro horas antes, a defesa do general Braga Netto divulgou nota em que afirmou que comprovará que o ex-ministro da Defesa não obstruiu as investigações do inquérito que trata da trama golpista que mataria o presidente Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, para impedir, em 2022, a derrota da chapa do ex-presidente Bolsonaro e do oficial do Exército preso.

A prisão preventiva do general foi justificada pela constatação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), de que Braga Netto tentou obter dados sigilosos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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