Previsão

Frente Evangélica não se aproximará de Lula no 2º semestre legislativo

Governo do petista Lula e segmento evangélico são “água e óleo”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), "não se misturam".

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Deputado federal Sóstenes Cavalcante, do Rio de Janeiro. Foto: Zeca Ribeiro.

O governo Lula (PT) deve continuar a ter dificuldade de relacionamentos com deputados federais da Frente Parlamentar Evagélica, que muda de liderança nesta quarta-feira (2).

Não é porque o comando da Frente Parlamentar Evangélica vai alternar, que o plano ideológico do governo Lula vai enfrentar menos resistência no Congresso, disse ao Diário do Poder o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), considerado um dos líderes mais importantes do grupo parlamentar.

De acordo com o parlamentar bolsonarista, o “oportunismo da esquerda” faz correr nas manchetes a falácia de que a saída de Eli Borges (PL-TO) da presidência da Frente abriria espaço para interlocução com o Executivo petista.

Segundo Cavalcante, os boatos crescem com a ajuda de veículos de comunicação que “em sua ampla maioria estão recebendo muito recurso para fazer uma média com o governo”.

“Se o Executivo está pensando que com o Silas Câmara (RP-AM) vai ter menos problema, está fazendo a leitura errada. A Frente Evangélica não é partidária, é ideológica. Não vamos abrir mão de 1 milímetro dos nossos valores. A Frente existe por causa desses valores. E nisso, nenhum de nós vai flexibilizar a postura por causa de governo A,B ou C”.

O segundo vice-presidente da Câmara ainda afirmou que o segmento evangélico e o governo Lula são “como água e óleo. Não se misturam”.

“Não tem mais chance de aproximação enquanto a esquerda não fizer autocrítica. Enquanto não assumir que roubou, pedir perdão por ter sido corrupta e por afrontar nossos valores”.

Exemplos de afronta a fé cristã, segundo Sóstenes, são pautas como flexibilização das regras sobre o aborto, uso da linguagem neutra, ideologia de gênero e sexualização no ambiente escolar.

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