Vandalismo em Brasília

Ex-comandante da PMDF diz que não facilitou vandalismo: ‘Não tenho ideais políticos’

O coronel acredita que a permanência do acampamento no QG do Exército facilitou a invasão da Esplanada

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Vieira criticou a atuação das polícias Legislativas que não atuaram para impedir a invasão dos prédios públicos. Foto: Arquivo pessoal

O ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, Coronel Fábio Augusto Vieira afirmou em depoimento que não facilitou de forma alguma os atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Durante audiência de custódia, ele ressaltou que não tem ideais políticos. 

Vieira criticou a atuação das polícias Legislativas que não atuaram, como força de apoio, para impedir a invasão dos prédios públicos. 

O Coronel explicou que no dia da invasão da Esplanada o Batalhão de Choque ficou posicionado atrás do gradil. E que depois que a barreira foi rompida pelos vândalos, não viu a ação de nenhum policial do Legislativo.

“O dispositivo da PM era o dispositivo-padrão: uma linha de frente, acompanhando todo o gradil”.

O policial ressaltou que o impedimento da retirada do acampamento em frente ao QG do Exército facilitou os atos de vandalismo no dia 8 de janeiro. E relembrou que a PMDF tentou desmobilizar o acampamento, mas foi impedida pelo Exército. 

“A PMDF chegou a mobilizar cerca de 500 policiais militares, mas o Exército entendeu que era melhor eles fazerem essa desmobilização utilizando seus próprios meios. A permanência do acampamento contribuiu muito para o ocorrido no dia 8”.

 Vieira disse em depoimento à Polícia Federal que “todos os informes da inteligência apontavam que não havia indicativo de ações violentas”, no dia 8 de janeiro. quando houve a invasão da Esplanada dos Ministérios.

Vieira foi preso no dia 10, após a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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