No azul

Produção brasileira de veículos segue aquecida e fecha julho em alta

Segundo dados da Anfavea, com a melhora contínua, o último mês apresentou os melhores números desde novembro de 2020

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Linha de produção da Chevrolet em Gravataí (RS).
Produção brasileira de veículos segue aquecida e fecha julho em alta. Foto: GM.

Em plena retomada, a produção brasileira de veículos fechou julho como o melhor mês desde novembro de 2020. Ao todo, as montadoras instaladas no Brasil fabricaram 218.950 unidades, alta de 7,5% em relação a junho (203.598) e de 33,4% quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando produziram 164.156 veículos.

Dessa forma, o acumulado do ano apresenta quase uma igualdade, com 1.310.639 unidades produzidas em 2022 e 1.313.226 nos primeiros sete meses do ano passado, o que representa uma redução de 0,2%. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A alta do volume total foi puxada pelos automóveis, responsáveis por 203.096 unidades produzidas no último mês. Alta de 8,5% comparado com junho (187.237) e de 37,4% em relação a julho passado (147.822). Já no acumulado do ano, há uma redução de 5,6% (1.209.682 contra 1.211.846).

“Havia, e ainda há, muitos veículos incompletos nos pátios das montadoras, apenas à espera de determinados itens eletrônicos. Esses modelos só entram na estatística de produção quando são totalmente finalizados, o que vem ocorrendo com maior frequência, e isso explica essa melhora no fluxo de produção nos últimos três meses. Ainda temos restrições de insumos e logística, como mostram essas paradas de fábrica, mas estamos recebendo mais semicondutores do que no ano passado e do que no primeiro trimestre deste ano”, aponta Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Ao contrário dos automóveis, caminhões e ônibus fecharam o mês todo no vermelho. Em julho, foram 15.854 unidades produzidas, redução de 3,1% em relação a junho (16.361) e de 2,94% quando comparado com o mesmo período do ano anterior (16.334). No acumulado do ano, queda de 0,42% (100.957 contra 101.380).

Nas exportações, julho foi pior que junho (41.906 contra 47.315, redução de 11,4%), mas melhor que o mesmo mês de 2021, alta de impressionantes 76,3% (23.766). No acumulado, alta de 28,7% (288.166 contra 223.898).

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