Nissan comemora mais de duas décadas de Brasil com ‘museu’ especial
Oficialmente instalada em 2000, a montadora japonesa cria o espaço “Memória Nissan” dentro da planta de Resende (RJ)
A Nissan celebra 22 anos de operação no Brasil. Instalada oficialmente em 2000, a marca inaugurou seu complexo industrial em 2014 em Resende, interior do Rio de Janeiro e, aproveita a data comemorativa para lançar o espaço “Memória Nissan”, dentro da planta carioca, com o objetivo de preservar e contar a história da marca no país.
Após ser representada por empresas importadoras locais em diferentes épocas – os primeiros registros datam do início dos anos 1950 –, a Nissan se instalou oficialmente como filial no Brasil há 22 anos. Inicialmente, a marca comercializou veículos importados, evoluindo depois para a produção local, com a inauguração do complexo em Resende.
O March foi o primeiro modelo da marca produzido em Resende.
“Chegamos aos 22 anos com uma base sólida e muitas novidades que nos preparam para um futuro promissor para a Nissan. Como a abertura do segundo turno na fábrica de Resende, o anúncio do investimento de até R$ 1,3 bilhão para a fabricação de futuros produtos, adoção de novas tecnologias na linha de produção, o lançamento do programa de carros por assinatura Nissan Move, a expansão do nosso plano de eletrificação e a renovação de nossos produtos, como o Kicks e a Frontier”, aponta Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil.
O Complexo Industrial de Resende, onde atualmente é produzido o Kicks, foi o local escolhido para a empresa passar a conservar seus veículos que marcam essa trajetória em solo nacional. O espaço “Memória Nissan” fica instalado no prédio da fábrica de motores, local da produção do propulsor 1.6 16V flexfuel que equipa o SUV.
O Kicks foi o carro oficial do Jogos Olímpicos Rio 2016.
Inicialmente, o acervo começa com cinco carros que marcaram a história mais recente da marca japonesa no Brasil e foram guardados por diferentes áreas da empresa. A partir de agora, ficam todos em um único lugar. São eles: as primeiras unidades de March e Versa produzidas em Resende, um exemplar da série especial March Rio 2016 e outro do Kicks Rio 2016, que homenageiam os Jogos Olímpicos Rio 2016.
A última unidade do V-Drive, a versão mais básica do Versa, produzida em Resende também faz parte do acervo, que ainda conta com um motor de três cilindros 1.0 12V, que já foi produzido em Resende e uma tocha dos Jogos Olímpicos. O espaço ainda conta com grandes painéis que destacam alguns momentos dessa história.
A última unidade do V-Drive produzida no Brasil.
“Com o ‘Memória Nissan’ passamos a ter um espaço que preserva o nosso passado e serve como uma ponte que nos conecta ao futuro que traçamos para a marca no Brasil, sempre lembrando do nosso DNA japonês e do caminho de inovação que seguimos. Desta maneira, nossos funcionários podem conhecer mais a nossa história e nos ajudar a construir os novos capítulos da Nissan no país, enquanto os visitantes podem compreender o nosso compromisso com o Brasil”, conta Rogério Louro, diretor de comunicação corporativa da Nissan do Brasil.
O acervo é fixo, mas o espaço também permitirá a realização de ações especiais. E, para marcar a abertura, um modelo raro está em exposição: uma unidade do utilitário Patrol dos anos 1950. Mesmo não estando com suas características totalmente originais, esse modelo representa os primórdios da Nissan no Brasil, décadas antes da empresa chegar oficialmente ao país.
O utilitário Patrol também está presente na mostra.
Entre 1955 e 1956, cerca de 400 unidades da primeira geração do Patrol foram montadas no Brasil pela Varam Motores em sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP). Segundo reportagens da época, os veículos tinham entre 35% e 40% de peças nacionais. Um pouco depois, a Varam Motores, que produzia também modelos de outras marcas, encerrou suas operações.
Antes das unidades brasileiras do Patrol, caminhões da Nissan, modelo 180, foram comercializados no país nos anos 1950 e 1951 pela empresa Mario Barros do Amaral S.A. No total, foram 35 caminhões, alguns trazidos em partes (CKD) e, depois, montados em solo brasileiro.
Como fica dentro das instalações industriais da Nissan, por enquanto, o Memória Nissan pode ser visitado pelos funcionários e em ações especiais para convidados realizadas pela empresa.
