Há 25 anos, a Volvo Trucks iniciava a produção de cabinas no Brasil
A planta é uma das mais modernas da marca no mundo e já produziu mais de 368 mil unidades desde 1998
Em 1998, a Volvo Trucks nacionalizou o FH. Para isso, a sueca inaugurou uma das mais modernas plantas de cabina da marca no mundo, dentro do complexo industrial da montadora em Curitiba, Paraná, e que acaba de comemorar 25 anos de produção.
A unidade conta com elevada automação e avançados processos de indústria 4.0. Nestes 25 anos, a planta alcançou a marca de 368 mil unidades produzidas.
Construída para a manufatura local das cabinas do caminhão FH, a planta foi um ponto de inflexão na história da Volvo na América Latina. Com ela, a marca ampliou seus negócios na região, com novos veículos e tecnologias avançadas.
“Há 25 anos, a produção de cabinas no Brasil era um sonho. Foi nosso ingresso em uma nova era de caminhões, que representava uma ousada revolução tecnológica”, lembra Cyro Martins, vice-presidente de operações industriais da Volvo na América Latina.
De 1980, quando iniciou a produção de caminhões no país, até 1997, a Volvo terceirizava a fabricação das cabines dos veículos das linhas N e NL. A construção da nova unidade de produção fez parte de uma expansão industrial robusta que demandou, naquele período, cerca de US$ 400 milhões em investimentos, o maior volume de recursos aplicados pela Volvo desde sua fundação no Brasil.
A ampliação do parque fabril provocou uma mudança significativa nos negócios e na arquitetura industrial da marca. Foi a partir dali que a operação brasileira começou a ter a capacidade de produzir os mais avançados caminhões do planeta, o mesmo disponível nos mercados mundiais mais exigentes, com um grau de tecnologia embarcada nunca visto no país.
Atualmente com 515 funcionários ligados diretamente à sua operação, a unidade sempre foi altamente robotizada. Por isso, a fábrica de cabinas é uma grande incubadora de ideias, com a introdução de conceitos de uso de realidade virtual e aumentada, big data, internet das coisas, robôs autônomos e diversas outras iniciativas que compõem o que é chamado de indústria 4.0.
“Ainda hoje é a unidade mais automatizada do complexo da Volvo em Curitiba. Ao todo, são 85 robôs e diversos outros dispositivos que funcionam de forma autônoma, para mais segurança, qualidade e conforto ergonômico para os funcionários”, destaca Cyro Martins.
A unidade é responsável tanto pela solda quanto pela pintura das cabinas. Além disso, faz pintura de elementos plásticos, culminando em soluções que são aproveitadas também por outras fábricas da Volvo no mundo. É o caso, por exemplo, do processo do painel frontal dos novos caminhões Volvo Euro 6, que têm partes plásticas e metálicas pintadas em igual tonalidade.