Teste da Vez

De ‘alma’ italiana, Peugeot 208 GT se torna uma opção interessante

Testamos a versão topo de linha do renovado hatch compacto, que utiliza conjunto mecânico criado pela prima Fiat

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Peugeot 208 GT.
De ‘alma’ italiana, Peugeot 208 GT se torna uma opção interessante (fotos: Geison Guedes/DP).

Em 2019, a Fiat Chrysler (FCA) surpreendeu o mundo ao anunciar uma gigantesca fusão com a Peugeot Citroën (PSA), criando, em 2021, o Grupo Stellantis. Responsável por diversas marcas pelo mundo, a nova empresa apontou de cara que um dos focos seria a sinergia entre as montadoras, com o compartilhamento de tecnologias.

Claro que as mudanças não seriam realizadas da noite para o dia. Com o tempo, as ideias foram alinhadas em cada país, ou região, estratégico do grupo ítalo-franco-americano. Um deles é o Brasil, onde a Fiat tem o seu melhor mercado em todo o mundo e foi ela que liderou os alinhamentos entre as marcas, principalmente com o lado francês.

Com as aposentadorias, no Brasil, de Citroën C4 Cactus e Peugeot 3008, o único modelo entre as duas francesas que não contam com o “dedo” da italiana é o e-2008, a versão elétrica do SUV, de resto, todos contam com equipamentos, geralmente o conjunto mecânico, criado pela Fiat. O primeiro modelo do lado PSA a fazer uso dessa sinergia foi o furgão Peugeot Partner, que nada mais é que um Fiat Fiorino com o logo do leão.

O segundo, foi o 208, que em 2023 foi o primeiro a receber, em algumas versões, a motorização T200 da italiana. No fim do ano passado, o modelo foi completamente reformulado, recebendo o primeiro facelift da segunda geração, passou a contar só com o conjunto mecânico da Fiat e retornou com a versão GT, o nosso “Teste da Vez”.

Precificação

Peugeot 208 GT.

A GT retonar como a opção topo de linha do pequeno hatch.

O 208 GT chegou no fim de setembro e, de forma incomum até então para a marca, com preço super competitivo (quando comparado com os principais rivais topo de linha). No entanto, menos de quatro meses depois, ele já deu um salto no valor, saindo de R$ 114.990 para R$ 120.990. Ainda assim, ele se mantém abaixo dos principais concorrentes.

A categoria hoje pode ser dividida em duas, com Fiat Argo e Citroën C3 de um lado (mais simples, menos equipados e baratos) e os demais do outro. Do lado onde o 208 está, atualmente, ele é o menos caro de todos, ficando abaixo de Honda City Hatch (R$ 145.700), Toyota Yaris (R$ 128.990), Volks Polo (R$ 127.490), Chevrolet Onix (R$ 127.490) e Hyundai HB20 (R$ 124.390).

Sai ‘tigre’, entra ‘leão’

Peugeot 208 GT.

Atualizado, o visual continua ousado, agora na pegada das garras do leão.

Em 2020, o 208 chegou à segunda geração completamente reformulado, tendo como destaque, o visual agressivo. Agora, para o facelift, a marca resolveu alterar exatamente a parte que mais chamava a atenção no estilo do hatch, o conjunto óptico.

Dessa forma, ele perde os “dentes de sabre” e passa a contar com as “garras de leão”, como outros modelos da marca mundo afora. Com a troca de inspiração animal, a luz de circulação diurna passa a ser três barras de LED que fazem a vez de “garras de leão”, em vez de apenas uma, assim como as lanternas.

Peugeot 208 GT.

A traseira mudou pouco, já as rodas foram bem redesenhadas.

O conjunto óptico como um todo foi reformulado, assim como a grade frontal, que conta com acabamento em preto brilhante, e o logo. O 208 passa a utilizar o novo e reestilizado símbolo da marca. As rodas também foram redesenhadas e estão alinhadas com as do irmão maior, o 2008.

Por dentro, para dizer que nada foi alterado, os bancos contam com novo desenho e costuras em um tom verde limão e a tela da central multimídia foi atualizada, melhor que a anterior, mas ainda deixando a desejar na qualidade e tamanho. A resolução ainda não é das melhores e a área onde mostra a imagem da câmera de ré continua muito pequena.

Peugeot 208 GT.

Por dentro, de novidade, apenas a central multimídia e o desenho dos bancos.

De resto, está tudo igual, inclusive os já clássicos botões estilo teclas de piano e o volante de base dupla achatada, um dos destaques da cabine. A GT, além de topo de linha, tem uma pegada mais esportiva. No interior, este aspecto é visto no acabamento escurecido, inclusive, do teto, que é solar panorâmico fixo e que garante uma visão diferenciada.

Um dos grandes poréns do 208 permanece com o facelift, já que não houve nenhuma alteração de tamanho, que é o espaço interno. Mesmo para um hatch compacto, ele é apertado para quem vai atrás, até quatro pessoas é preciso um ajuste para não ficar desconfortável. Já o porta-malas leva excelentes 311 litros, o segundo maior da categoria.

Equilibrado

Peugeot 208 GT.

O painel de instrumentos 3D ainda é um dos destaques do 208.

Não que R$ 120 mil em um hatch compacto seja pouco dinheiro. Mas o 208 consegue ser mais barato que todos os principais concorrentes e ter uma lista de equipamentos tão boa quanto ou melhor. A versão GT, topo de linha, faz bonito no quesito itens de série.

Ela vem com ar-condicionado digital, teto solar panorâmico fixo, central multimídia de 10,1 polegadas com conexão sem fio via Android Auto e Apple CarPlay, carregamento do smartphone por indução, painel de instrumentos digital com visualização 3D e chave sensorial com comando de abertura e fechamento das portas por aproximação.

Peugeot 208 GT.

Assim como o teto panorâmico, exclusivo na categoria.

Na parte da segurança, ele vem com auxiliar de partida em rampa, faróis full LED, alerta de colisão, frenagem automática de emergência, assistência de manutenção de faixa, câmera de ré com imagem 180°, seis airbags, piloto automático e sensores de estacionamento traseiro e crepuscular.

“Alma” italiana

Peugeot 208 GT.

O conjunto mecânico já é o consagrado T200 da Fiat.

Como falamos, o 208 foi o primeiro modelo do lado francês da Stellantis a receber o conjunto mecânico T200, que alinha o motor 1.0 turbo de 130 cavalos e 20,4kgfm de torque com transmissão automática tipo CVT e direção elétrica. Hoje já disseminado pelo Grupo, ele mantém os predicados, deixando o pequeno “leão” divertidíssimo de dirigir.

Assim como os primos, ele possui modo “Sport”, mas ao contrário dos modelos da Fiat, o botão de ativação não é tão visível e fica bem escondido do lado esquerdo do painel, atrás do volante. De similar com o resto da família está o “casamento” do motor com o câmbio, que, mesmo CVT, se mostra cada vez mais acertado, no caso dessas caixas pequenas.

Peugeot 208 GT.

O volante pequeno permite uma condução ainda mais divertida.

Normalmente, esse tipo de transmissão tende a deixar os veículos monótonos, de tocada nada esperta, especialmente nas saídas, mas isso não acontece no 208. Ele acelera bem, com vigor e ganha velocidade facilmente. Tanto as ultrapassagens, quanto as retomadas são feitas com extrema facilidade. O hatch francês tem uma condução ágil e prazerosa.

Outros pontos positivos são o isolamento acústico, não há excesso de ruído vindo do cofre do motor, a suspensão, que trabalha muito bem, ajuda o motorista a ter um melhor controle do hatch e absorve bem os impactos dos – inúmeros – desníveis no asfalto e o consumo, que no nosso teste, fechou com boa média de 12,1km/l.

A opinião do Diário Motor

Peugeot 208 GT.

Peugeot 208 GT.

A evolução, principalmente mecânica, do 208 desde a fusão da PSA com a FCA é muito grande. Hoje, com um conjunto bem acertado e, por mais incrível que possa parecer, preço abaixo da concorrência, o hatch se torna uma das melhores opções da categoria, inclusive na versão que testamos, a topo de linha GT.

O facelift de meio de vida da geração entrega o que sempre teve de melhor da Peugeot, o visual, sempre ousado, aliado a uma motorização super bem encaixada criada pela prima Fiat, e a uma lista de equipamentos equilibrada. Ele só peca pelo espaço interno, mas a direção divertida e segura incrementa os pontos positivos. Vale a compra! Nota: 9.

Ficha Técnica

Peugeot 208 GT.

Motor: 1.0 turbo
Potência máxima: 130cv
Torque máximo: 20,4kgfm
Transmissão: automática CVT
Direção: elétrica
Suspensão: independente na dianteira e travessa deformável na traseira
Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira
Porta-malas: 311 litros
Dimensões (A x L x C x EE): 1.453 x 1.960 x 4.055 x 2.538mm
Preço: R$ 120.990

Peugeot 208 GT.
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De ‘alma’ italiana, Peugeot 208 GT se torna uma opção interessante (fotos: Geison Guedes/DP).
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