Operação Lesa Pátria

PF prende outra vez em Brasília ativista conhecido pelo radicalismo

Operação Lesa Pátria cumpre mandados de prisão e busca em seis estados

acessibilidade:
Renan Silva Pena foi alvo de ação da PF já em 2020 por incitar prática de violência contra o Estado. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (20) ao menos oito suspeitos de atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, entre os quais um conhecido radical de Brasília, Renan da Silva Sena, que já tinha sido alvo de ação policial por participar de atos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Renan também é processado pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, a quem ofendeu em razão das determinações para que a Polícia Militar do DF impedisse um provável araque à sede do STF.

Deflagrada nesta terça, a Operação Lesa Pátria objetiva “identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos no 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por grupo que promoveu violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições”.

Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Os mandatos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz nota da PF.

A corporação informou ainda que a Operação Lesa Pátria tem caráter permanente, e que serão feitas atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

A PF pede à população que colabore com os investigadores, caso tenha informações sobre a identificação de “pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos”.

As denúncias podem ser encaminhadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.

Desde que o presidente Lula foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.

As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no último dia 8.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.