Um modelo

CPI do MST quer ouvir Raul Jungmann, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário

O interesse é saber sobre o enfrentamento a invasões de terra quando comandou a pasta, entre 1999 e 2002

acessibilidade:
O ex-ministro Raul Jungmann. Foto: Valter Campanato/ABr

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na Câmara dos Deputados, aprovou nesta semana 11 dos 15 requerimentos apreciados. Destes, sete são convites. Entre os chamados está o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Raul Jungmann. Conforme publicado na coluna do jornalista Cláudio Humberto desta sexta-feira, 26, o interesse é saber sobre o enfrentamento a invasões de terra quando comandou a pasta no governo FHC, entre 1999 e 2002.

Nomeado em 1995 para a presidência do Ibama, Jungmann ficou apenas um ano no cargo, quando implantou um bem-sucedido programa de combate à grilagem de terras que recuperou para o Estado (e para a preservação ambiental) uma área pouco maior do que Portugal.

O sucesso no trato da questão fundiária levou Fernando Henrique Cardoso, então presidente da República, a convocá-lo em 1996 para um trabalho de reforma agrária, logo após o massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás (PA).

Jungmann foi escolhido para agilizar os assentamentos e, ao mesmo tempo, reduzir a tensão no campo. Ex-comunista, era ligado à esquerda, e também tinha bom trânsito na direita. Assumiu o Ministério da Política Fundiária (posteriormente Ministério do Desenvolvimento Agrário), onde ficou até 2002.

Nos anos em que esteve no comando da reforma agrária, o país assentou 479,7 mil famílias sem-terra (a imensa maioria dos 540,7 mil beneficiados na gestão FHC). Em todos os anos anteriores, o Brasil havia assentado apenas 58,3 mil famílias.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.