Contra o orçamento

‘Greve caviar’ provoca fila de cerca de 200 caminhões na fronteira com a Venezuela

Só em Paracanaima, os prejuízos aos produtores e ao Brasil chegam a R$25 milhões ao dia

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Greve gera fila de cerca de 200 caminhões em Roraima no posto da Receita Federal. Foto: Reprodução

A “greve caviar” de auditores da Receita Federal já provoca uma fila que pode chegar a duzentos caminhões parados na alfândega de Pacaraima (RR), As informações são da imprensa local.

Para decretar a greve, os servidores da Receita, que estão entre os mais bem pagos do Pais, alegam insatisfação com o Orçamento da União de 2022, que não prevê para eles mais um aumento.

Grande parte dos produtos de consumo doméstico na Venezuela são fornecidos pelo Brasil. Os prejuízos causados aos exportadores e ao Brasil chegam a R$25 milhões ao dia somente nesse posto da alfândega.

Atualmente, na Inspetoria da Receita em Pacaraima, são contabilizadas cerca de 100 carretas transportadoras por dia. O fechamento desta fronteira acarreta em grande impacto à economia e abastecimento do país.

Esses caminhões transportam remédios e mercadorias como arroz, feijão, farinha de trigo, açúcar, café, macarrão, detergente e sabão em pó. Além de medicamentos, bebidas e matérias primas para indústrias, que também estão parados.

Sem previsão

A greve foi iniciada no primeiro dia útil do ano, segunda-feira (3), e ainda não tem previsão para acabar, segundo afirma a categoria.

O governador do estado, Antonio Denarium (PP), se reuniu com os representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), nesta quarta-feira (5), e apoiou à greve.

Denarium entrou em contato com Paulo Guedes, ministro da Economia, e Júlio César Vieira, chefe-geral da Receita Federal, para pedir que reivindicações da categoria sejam ouvidas.

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