Papa Francisco

Papa permite pela primeira vez que casais do mesmo sexo recebam bênçãos não litúrgicas

Os casais do mesmo sexo poderão receber a benção na Igreja Católica sem qualquer rito ou imitação do matrimônio religioso

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O papa afirmou que não ficou chateado com críticas de Milei na campanha presidencial da Argentina. (Foto: Gabriel Andrés Trujillo Escobedo/Reprodução).

O Vaticano autorizou pela primeira vez em um documento oficial, nesta segunda-feira (18), a bênção de casais em “situação irregular”, como casais do mesmo sexo na Igreja Católica Apostólica Romana. A proposta afirma que os casais poderão receber uma benção, mas sem qualquer rito ou imitação do matrimônio religioso, mantendo firme a oposição da igreja ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. 

“Essa bênção nunca ocorrerá ao mesmo tempo que os ritos civis de união, nem em conexão com eles. Nem mesmo com as vestes, gestos ou palavras próprias de um matrimônio”, diz o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, um dos órgãos responsáveis por estabelecer diretrizes para os católicos, aprovado pelo Papa Francisco. 

Segundo o documento, a bênção poderá ser feita por um ministro ordenado, isto é, diáconos, presbíteros e bispos. Como não pode ser vinculada a nenhum rito religioso do sacramento, a benção poderá ocorrer em lugares como “visitas a um santuário, um encontro com um sacerdote, uma oração recitada em um grupo ou durante uma peregrinação.”

O Vaticano ainda ressalta que esse tipo de bênção “é oferecido a todos, sem pedir nada, fazendo com que as pessoas sintam que continuam abençoadas apesar de seus erros e que o Pai celeste continua a querer o seu bem e a esperar que elas finalmente se abram ao bem”. 

Em 2021, o Vaticano anunciou que padres e outros ministros não podem abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo , num ato que foi visto como uma vitória para a ala mais conservadora da Igreja. A nota oficial divulgada pela Congregação para a Doutrina da Fé dizia que “Deus não pode abençoar o pecado”. O decreto fez uma distinção entre as boas-vindas da Igreja e a bênção de pessoas homoafetivas, que está mantida. Mas não de suas uniões.

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