'Orem pelo Brasil'

Ex-comandante da Marinha diz que ‘situação política’ levou PF à sua casa

Alvo de operação por suspeita de tentar golpe, Almirante Garnier pede orações pelo Brasil e por ele

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Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, durante cerimônia de transmissão do Comando da Marinha. (Foto: Marcos Corrêa/PR/Arquivo)

Um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, confirmou ter sido surpreendido por policiais federais em sua casa, na manhã desta quinta-feira (8), quando teve celular e documentos apreendidos. Em mensagem enviada em lista de transmissão do aplicativo WhatsApp, o militar disse que a “situação política” no Brasil o levou a ser acordado pela PF e pediu orações por ele e pelo País.

Citado na delação do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, o almirante Garnier é apontado como único militar da cúpula das Forças Armadas que teria aceitado usar suas tropas para um presumido golpe militar, com trama atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também é investigado pela operação de hoje, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Garnier relatou que estava sem sua esposa, Selma Foligne Crespio de Pinho, ao receber os policiais federais às 6h15 da manhã. Veja o relato enviado por intermédio de sua mulher:

Prezados amigos, participo que face a situação política de nosso país, fui acordado em minha casa hoje, as 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”

Almirante de Esquadra Garnier

Em setembro do ano passado, Garnier, recebeu o apoio público de colegas de formatura de sua turma de 1976, na Escola Naval. Em carta que circulou entre militares, foi defendida a inocência do almirante, tratado como alvo de “acusações lançadas ao vento” por Cid.

“Por conhecermos o passado de Garnier, nós da associação da sua turma de Escola Naval acreditamos na sua inocência, formamos ao seu lado e lhe prestamos continência. É nosso dever de lealdade a um amigo, um irmão, um almirante”, disse o trecho final do manifesto.

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