Pai de ex-chefe do MP de Alagoas, Carlos Mendonça morre com covid-19

Morreu, nesta quarta-feira (13), o advogado e presidente do Instituto Arnon de Mello (IAM), Carlos Alberto Pinheiro Mendonça, com mais de 80 anos, após passar cerca de duas semanas de internação em uma UTI da Santa Casa de Misericórdia de Maceió (AL), lutando pela vida e contra os sintomas do novo coronavírus. Carlos Mendonça é pai do ex-procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, que está internado tratando do comprometimento pulmonar provocado pela covid-19.

“Nunca pensei sentir tamanha dor. Com o coração dilacerado, comunico a todos o falecimento do meu pai. O homem que sempre foi meu herói, meu melhor amigo e conselheiro. Vá em paz meu pai e carregue a certeza que um dia nos encontraremos. Para sempre te amarei com todas as minhas forças”, escreveu Alfredo Gaspar, ao comunicar a morte de seu pai nas redes sociais.

Em nota, a família comunicou o falecimento ocorrido pela manhã: “O grande alagoano que tanto contribuiu com a vida pública do nosso Estado deixa a esposa, Dona Felina Mendonça, e os filhos Rosa, Vera e Alfredo Gaspar, genros, nora e netos. A família agradece pelas orações e pelo apoio de todos e informa que o velório e o sepultamento seguirão as normas determinados para o período de pandemia”, diz a nota.

Carlos Mendonça integrava, há mais de uma década, o Conselho Estratégico da Organização Arnon de Mello, conglomerado de empresas de comunicação da família do senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL).

Alfredo Gaspar de Mendonça Neto em encontro recente com seus pais, Carlos Mendonça e Felina. Foto: Divulgação

Doença cruel

Na semana passada, Carlos Mendonça Neto, filho de Alfredo Gaspar, alertou para que as pessoas não subestimem o novo coronavírus, ao afirmar que a doença foi cruel com sua família e muitas outras no mundo.

O ex-chefe do MP de Alagoas e pré-candidato a prefeito de Maceió cuidou de seu pai no início da doença que infectou primeiramente sua mãe, Felina Mendonça, e uma irmã médica.

No final da semana passada, Alfredo Gaspar teve alta, mas teve que retornar à internação, para tratar do comprometimento pulmonar causado pela covid-19.

Reconhecimento

O atual procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, publicou nota de pesar em nome do Ministério Público de Alagoas, na qual destaca o grande legado nos campos do Direito, da cultura e de gestão.

Leia a íntegra:

NOTA DE PESAR

O Ministério Público Estadual de Alagoas lamenta profundamente o falecimento do advogado Carlos Alberto Pinheiro Mendonça, ocorrido na manhã desta quarta-feira (13), na Santa Casa de Maceió. Pai do ex-procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, doutor Carlos, como era mais carinhosamente conhecido no meio jurídico e entre amigos, deixa um grande legado nos campos do Direito, da cultura e de gestão, aqui em Alagoas.

Homem de grande saber jurídico, Carlos Mendonça foi autor de uma série de obras que, até hoje, seguem permitindo aos membros do nosso Ministério Público aperfeiçoamento e atualização. Também foi fonte de inspiração para alunos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde lecionou por muitos anos, além de ter deixado sua marca administrativa no Poder Executivo estadual, quando da sua passagem pelo Secretaria do Gabinete Civil.

Indiscutivelmente, Carlos Mendonça contribuiu ainda para disseminar conhecimento e cultura na condição de presidente do Instituto Arnon de Mello, tendo, por lá, colecionado publicações importantes que falaram sobre a história e os patrimônios cultural e arquitetônico das Alagoas.

A Procuradoria-Geral de Justiça, nessa hora de dor, oferece seus pêsames a familiares e amigos, assim como deseja o conforto espiritual enquanto durar o momento de luto.

Márcio Roberto Tenório de Albuquerque
Procurador-Geral de Justiça de Alagoas