Corrupção

Vargas recua e dá versão ainda pior para uso de jatinho

Deputado já não sabe o que dizer para explicar relações com criminoso

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O deputado André Vargas (PT-PR) mudou de conversa. Ontem, 1º de abril, Dia da Mentira, ele alterou para “tentei reembolsar” as despesas com combustível” a versão anterior, na qual afirmara que efetivamente havia ressarcido o doleiro Alberto Youssef pela viagens que fez em um jatinho Lear Jet 45,  às custas do criminoso.

Youssef foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, dias atrás, acusado de lavar dinheiro sujo até para traficantes de drogas, num esquema bilionário. Gente do tipo de Yousseff se dedica a “lavar”, ou seja, tentar dar aparência de legalidade a dinheiro sujo, obtido por políticos corruptos e traficantes de drogas, por exemplo.

Conhecido como “doleiro do PT”, Youssef também foi réu no processo do mensalão, e recebeu sentença amena do Supremo Tribunal Federal.  Ele bancou a viagem do deputado petista de Londrina (PR) a João Pessoa (PB) durante suas férias, em janeiro.

André Vargas mentiu outra vez ao afirmar segunda-feira que pediu o avião ao doleiro, de quem se diz amigo, porque os voos comerciais estavam “muito caros” no período, mas que pagou o combustível. Deputado não paga passagens aéreas, porque recebe cota mensal para esse fim, às custas da Câmara. Ontem, afirmou que imaginava se tratar de uma ?carona?.

Um voo de Londrina para João Pessoa, em um jato de versão inferior, um Learjet 35, custa cerca de R$ 110 mil, com combustível, segundo consulta feita pelo jornal Foha de S. Paulo à Líder Aviação, especializada em fretamentos. A viagem de férias de Vargas foi discutida numa conversa entre ele e Youssef no dia 2 de janeiro, por meio de mensagens de texto interceptadas pela PF.

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