Após congelamento...

Tarifa integrada de metrô e ônibus sobe para R$ 6,80 em São Paulo

Governador e prefeito congelaram tarifa básica, mas fizeram outros reajustes

acessibilidade:

Após congelarem em R$ 3,80 o preço da tarifa básica de ônibus, trem e metrô na Grande São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito eleito da capital, João Doria (PSDB), decidiram aumentar em 14,8% o valor do bilhete integrado de ônibus com trilhos (metrô ou trem), que subirá de R$ 5,92 para R$ 6,80 a partir do dia 8 de janeiro.

O aumento corresponde a mais do que o dobro do índice oficial de inflação do País projetado para este ano pelo Banco Central, de 6,4%. Antes da divulgação do reajuste, Alckmin disse que o objetivo das alterações nas tarifas era beneficiar o maior número de usuários sem comprometer a saúde financeira do Metrô e da CPTM, que estão em crise.

Ao todo, seis modalidades de pagamento sofreram algum reajuste a partir do dia 8 de janeiro. O aumento mais significativo se dará no bilhete único mensal, que passará dos atuais R$ 140 para R$ 190, alta de 35,7%, ou R$ 50 mais caro. Com isso, essa opção só passa a ser vantajosa para o passageiro que fizer mais de 50 viagens por mês.

Já o bilhete mensal integrado (ônibus e trilhos) terá aumento de 30%, passando R$ 230,00 para R$ 300,00, sendo sugerido para quem faz mais de 44 viagens por mês. No caso do bilhete 24 horas (indicado para mais de 4 viagens por dia), os valores sobem de R$ 10 para R$ 15 o bilhete comum e de R$ 16 para R$ 20 o bilhete integrado.

Em decisão conjunta, Alckmin e Doria decidiram extinguir o bilhete único semanal, que foi criado pela gestão Fernando Haddad (PT) em 2013 junto com o mensal por causa da baixa adesão (menos de 0,05%). Os preços dos bilhetes Fidelidade, Madrugador e Da Hora também sofreram reajustes, com descontos de 10,5% em relação à tarifa básica dependendo do número de viagens.

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que o congelamento das tarifas básicas beneficia mais de 50% dos passageiros de metrô e 62% dos usuários dos trens da CPTM. "Nas integrações, uma boa parte é vale-transporte, que é o empregador que paga. Com isso, entre 2/3 e 3/4 não precisarão tirar nenhum dinheiro a mais do bolso para pagar as passagens", disse. 

Gratuidade. Pelissioni descartou fazer qualquer alteração nas gratuidades condidas a idosos, estudantes e pessoas com deficiência "neste momento", mas sugeriu que o benefício pode ser cortado dos passageiros com idade entre 60 e 64 anos que ainda trabalham. "A população está cada vez vivendo mais. Com a melhoria da qualidade de vida, tem muito jovem de 60 anos que trabalha. Esse nós consideramos que talvez não merecesse a gratuidade. Mas ainda estamos vendo a questão da renda. Neste momento não mexeremos na gratuidade", afirmou, acrescentando que estudantes de baixa renda devem permanecer com tarifa zero.

A gratuidade para idosos com mais de 65 anos é prevista na Constituição Federal. Em julho de 2014, quando estava disputando a reeleição, Alckmin regulamentou uma lei aprovada no fim de 2013 estendendo o benefício para idosos a partir dos 60 anos. Agora, qualquer alteração na cobrança precisa ser novamente aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo antes de entrar em vigor. Entre as possibilidades estudadas pelas equipes de Alckmin e Doria está a manutenção da gratuidade apenas para os passageiros com mais de 60 anos que já são aposentados ou de baixa renda. ?(AE)

Novos preços 

Tarifa básica – R$ 3,80 (sem mudança)

Bilhete Integrado Ônibus Municipal – Metrô/Trem – R$ 5,92 a R$ 6,80

Bilhete 24 horas Comum – R$| 10 para R$ 15

Bilhete 24 horas Integrado – R$ 16 para R$ 20

Bilhete Único Mensal Comum – R$ 140 para R$ 190

Bilhete Único Mensal Integrado – R$ 230 para R$ 300

Bilhete Semanal – Extinto 

Reportar Erro