Sigilos quebrados

Ciro e Cid Gomes são alvos de buscas da PF por corrupção no governo do Ceará

Juiz federal ordenou também a quebra de sigilos dos irmãos e mais 12

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O ex-governador do Ceará Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes são os principais investigados.

O juiz federal Danilo Dias Vasconcelos de Almeida expediu mandados de busca e apreensão e determinou a quebra de sigilos  do presidenciável Ciro Gomes e do irmão senador Cid Gomes (PDT-CE). Ambos foram delatados por cúmplices do esquema.

As determinações do magistrados incluem mais uma dúzia de alvos, que, como os irmãos Gomes, são investigados por corrupção em negócios envolvendo a gestão de Cid Gomes no governo do Ceará, atualmente chefiado por Camilo Santana (PT).

Os irmãos Gomes e os demais alvos são acusados de montar um esquema de corrupção para favorecer uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão, para a Copa do Mundo de 2014.

Os mandados são do juiz federal, mas Ciro Gomes, claro, atribui a ação da Polícia Federal ao presidente Jair Bolsonaro. Ele dissse que o chefe do governo “transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.”

Foram quebrados os sigilos bancário, telefônico e telemático dos irmãos e de mais 12 alvos entre pessoas físicas e jurídicas investigadas por envolvimento num esquema de corrupção armado, segundo os investigadores, no governo de Cid Gomes.

O magistrado foi enfático em sua determinação, autorizando “a apreensão de computadores, telefones celulares, tablets, pendrives e outros dispositivos de armazenamento de mídia, sejam eles funcionais e/ou particulares.”

A Polícia Federal também foi autorizada pelo juiz a acessar “todos os dados (registros de chamadas, conteúdo das comunicações via aplicativos do tipo Whatsapp, Telegram ou SMS; vídeos; áudios; fotos, informações de georreferenciamento, etc.) existentes nos computadores, telefones celulares, tablets, pendrives e demais equipamentos eletrônicos/computacionais ou mídias apreendidos na posse dos investigados, bem como na chamada “nuvem” (cloud computing), relativa aos diversos serviços de armazenamento online de conteúdo (Google Drive, Onedrive etc)”, diz o juiz.

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