Crise imobiliária

Caixa aumenta teto do financiamento de imóveis usados para 70%

Mesmo com a crise, banco anunciou lucro de R$ 7,2 bilhões

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Na tentativa de estimular o financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira, 8, uma série de medidas voltadas ao crédito. A primeira delas se refere ao aumento do teto do financiamento de imóveis usados de 50% para 70% pelo sistema de financiamento habitacional (SFH), no caso de clientes do setor privado e imóveis de até R$ 750 mil, segundo explicou o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza. Para o setor público, a cota foi elevada de 60% para 80%.

A mudança ocorre menos de um ano depois do banco ter reduzido o teto do financiamento de imóveis usados para 50%. Em abril de 2015, a Caixa primeiro anunciou a redução do limite de 90% para 80% e depois diminuiu ainda mais, para 50%. Segundo a presidente da Caixa, Miriam Belchior, a cota de financiamento é o fator que mais impacta a demanda de habitação.

Já os imóveis usados financiados pelo sistema financeiro imobiliário (acima de R$ 750 mil em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal; e de R$ 650 mil nos demais Estados) passarão a ter teto de 60%, dos atuais 40%, para o setor privado. Para o setor público, a cota passou de 50% para 70%. 

A Caixa também informou que vai voltar a financiar a compra do segundo imóvel, nas mesmas condições utilizadas para financiar o primeiro. Dessa forma, o cliente poderá ter dois imóveis financiados ou mais tempo para vender o primeiro, destacou a presidente da Caixa. Em agosto do ano passado, a Caixa havia vetado novos empréstimos a clientes que já tinham um imóvel financiado.

A presidente da Caixa afirmou que, com todas as medidas anunciadas hoje, deve haver uma elevação de 13% dos recursos destinados ao crédito à habitação, ou R$ 16,1 bilhões. Com isso, a Caixa estima o financiamento de 64 mil unidades adicionais em relação a 2015.

Ela comentou ainda que a Caixa está se preparando para ter mais eficiência e que, nesse sentido, o banco tem cortado custos. "Temos o desafio de tornar a Caixa mais rentável e eficiente", disse. (AE)

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