Sem valor jurídico

Lista tríplice para escolha do titular da PGR é ilegal, adverte desembargador

Consulta feita por 'sindicalistas de beca', diz Fábio Prieto, não tem qualquer valor jurídico

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Fábio Prieto, secretário de Justiça e Cidadania do governo de São Paulo - TRF3. Foto: ACOM/TRF3

O desembargador federal Fábio Prieto, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), adverte que é inconstitucional e ilegal a “lista tríplice” para que o presidente escolha o titular da Procuradoria Geral da República (PGR). Ele recomenda que Jair Bolsonaro não confira qualquer importância à lista encaminhada pela associação dos procuradores, que classificou ironicamente de “sindicalismo de beca”.

A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Prieto lembrou que o ex-presidente Lula, agora preso por corrupção, quem primeiro subjugou a escolha do PGR à lista tríplice.

Ele diz que parte dos jornalistas têm sido enganados pela ideia de que a “lista tríplice” é “o costume”. Na verdade, a Constituição não a prevê.

O desembargador considera que o presidente da República e o Senado têm o dever de ignorar a lista tríplice: “não tem qualquer valor jurídico”, disse ele ao programa “Bastidores do Poder”, da Rádio Bandeirantes.

Por tudo isso, Fábio Prieto defende que o primeiro trabalho do futuro procurador geral será “restabelecer o respeito à Constituição e à lei”.

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