CPI do MST

“Quem cala, consente” diz relator da sobre possível silêncio de G.Dias

Relator da CPI do MST, Ricardo Salles espera que depoimento previsto para terça (1º) sirva como "oportunidade" para o ex-ministro de Lula

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Deputado Ricardo Salles (PL-SP). Foto: Reprodução/Youtube
Deputado Ricardo Salles (PL-SP). Foto: Reprodução/Youtube

A CPI do MST retorna aos trabalhos nesta terça-feira (1) com reunião agendada para às 14h. Na agenda, o depoimento do ex-ministro general Gonçalves Dias, o “G.Dias”, amigo de longa data e ex-segurança do presidente Lula, vai depor sobre suposta omissão na geração de relatórios de alerta sobre invasões de terras no território nacional.

Sob a gestão de G.Dias no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o número de invasões superou, em 3 meses, o total ocorrido durante o primeiro ano de governo Bolsonaro.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que antes integrava o GSI, carrega a responsabilidade de produzir documentos com informações estratégicas para prevenção das invasões ou reintegração de posse.

“A informação que nós temos é que, mesmo munido desses relatórios, o G.Dias não teria autorizado o envio para as secretaria de segurança dos estados onde as invasões ocorreram nos primeiros meses do ano- Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e São Paulo”, afirmou o relator Ricardo Salles (PL-SP) ao Diário do Poder.

“Quem cala, consente. Se ele não falar, vai ficar implícito que o governo se omitiu em relação a essas providências de cautela”, refletiu Salles sobre o silêncio autorizado à G.Dias pelo ministro André Mendonça.

Para Salles, o imbróglio sobre o repasse dos relatórios se explica: “ou por incompetência ou desejo do governo de deixar rolar as invasões”.

“Eu espero que ele utilize essa oportunidade para se posicionar e tentar demonstrar que essa presunção não é verdadeira. Sobre o dia 8 de janeiro ficou claro para nós que ele se omitiu, que ele prevaricou. No caso da CPI do MST, queremos saber se esse mesmo comportamento se repete”, concluiu o deputado.

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