Que vexame

Para imprensa, tentativa de assassinato era ‘suposto atentado’

Temor era que o atentado pudesse ser positivo para candidatura Trump

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Trump apareceu sangrando, o atirado já trocava tiros com policiais, mas a imprensa falava em "supostos tiros".

Manchas de sangue do apoiador morto pela bala que feriu Trump de raspão.

A imprensa brasileira reproduziu a atitude vergonhosa da imprensa norte-americana, que não reconheceu o atentado a Donald Trump mesmo com informações policiais confirmando a ocorrência de duas mortes e dois feridos graves, todos atingidos por tiros.

Um dos mortos foi o atirador atingido por policiais, e os outro morto era apoiador, vítima de bala perdida disparada pelo assassino. Dois outros apoiadores de Trump também foram feeridos gravemente.

Fontes policiais suspeitam que a bala que matou o apoiador foi a mesma que atingiu o candidato de raspão, na orelha. Fotos realizadas no local indicam manchas de sangue na pequena arquibancada armada atrás do púlpito de onde Trump falava a apoiadores, no comício. É da tradição da política americana esse tipo de formato de palanque.

Apesar de as primeiras imagens já mostrarem Trump sangrando, jornalistas dos principais veículos de imprensa nem sequer citavam a possibilidade de atentado ao republicano.

Veículos dos EUA, imitados no Brasil, usavam a expressão “supostos tiros”, como se o atentado não tivesse sido transmitido ao vivo, mostrando inclusive o ruído característico de tiros e a reação das pessoas que assistiam a tudo por trás do ex-presidente.

Houve inclusive caso de jornal brasileiro (foto) que, em sua página na internet, viu de maneira muito particular o atentado a tiros no candidato republicano a presidente: “Trump cai do palco durante comício na Pensilvânia com sangue no rosto”.

Nos EUA, a imprensa deu o mesmo tratamento ao caso:

 

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