Teste da vez

Na onda dos aventureiros, o Renault Kwid Outsider vai muito bem na selva urbana

O pequeno, com lista interessante de equipamentos, funciona bem como carro no dia a dia

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Renault Kwid Outsider. Fotos: Geison Guedes/DP

Neste ano, a Renault resolveu voltar a investir em uma categoria adorada pelo brasileiro, a dos aventureiros. Além da renovação do Stepway, a francesa apresentou uma nova versão, a Outsider, para o supercompacto Kwid. Testamos o pequeno nas ruas de Brasília, que vai muito bem na “selva de pedra”. 

A proposta do Kwid é simples e direta. Ser um carro urbano, pequeno, com lista de equipamentos generosa, boa dirigibilidade, preço atrativo e sem muita frescura. A Renault acertou em todos esses detalhes. A Outsider é a topo de linha do modelo e sai por R$ 44.990.

Visual aventureiro com suspensão elevada.

Você pode se perguntar se realmente estamos dizendo que um carro supercompacto de R$ 45 mil é barato. Longe disso! A questão é, com a atual prática de preços no Brasil, um modelo por esse valor fica menos caro que os demais. No final, os números estão dentro das propostas mercadológicas brasileiras da atualidade. 

Como um bom supercompacto, as unidades do Kwid são reduzidas. O motor, é um 1.0 de três cilindros de 70 cavalos e 9,8kgfm de torque quando abastecido com etanol e 66 cavalos e 9,4kgfm de torque com gasolina. Aliado a uma transmissão manual de cinco velocidades e direção elétrica.

Motor 1.0 é esperto e econômico.

Como o carrinho é bem pequeno, o motor é mais que suficiente. Os 70 cavalos trabalham bem e levam os 786kg do hatch sem dificuldades. O propulsor puxa bem o francês e as manobras são feitas com facilidade e sem muito esforço. Para o trânsito do dia a dia, ele vai muito bem.

Ao contrário das primeiras unidades, o câmbio funciona bem também, com trocas eficientes e engates sem trancos. Assim como a direção elétrica, a transmissão é leve e otimiza o esforço no trânsito mais pesado. Com isso, o consumo do pequeno é bem interessante. 

A Outsider é a versão topo de linha do supercompacto.

Durante o teste, em ciclo totalmente urbano, ele fez pouco mais de 13km/l com etanol, dados impressionantes. Dessa forma, é possível que, com gasolina, ele passe dos 16km/l com facilidade. A suspensão, que é elevada em relação às versões comuns, atua bem também, absorvendo as imperfeições do solo sem repassá-las para a cabine. 

Além disso, as dimensões diminutas (1.474 x 1.579 x 3.680mm), ajudam não só no trânsito, mas na hora de procurar uma vaga. O Kwid cabe em praticamente qualquer lugar. E como ele tem câmera de ré, a facilidade de manobrar para estacionar é muito acima da média. 

De certa forma, espaçoso

Ajustando os bancos, quatro adultos conseguem viajar.

Não é de hoje que a Renault consegue otimizar o espaço interno de seus veículos. E com o Kwid não é diferente. Mesmo para um supercompacto, o hatch tem uma boa área interna. Quatro adultos, não muito grandes, conseguem viajar de forma tranquila, um quinto é quase impossível. 

Para os passageiros do banco traseiro terem um pouco mais de espaço, é preciso movimentar os assentos dianteiros para achar a posição ideal. O porta-malas é outro ponto positivo. São 290 litros de espaço, área igual — e até superior — que modelos compactos.

Boa lista

Central multimídia é um dos destaques do modelo.

Um dos pontos altos do Kwid é a lista de equipamentos. Para um veículo de entrada, ele é muito bem equipado, principalmente por a Outsider ser a versão topo de linha do pequeno. O hatch vem com ar-condicionado, vidros dianteiros, travas e retrovisores elétricos. 

Como diferencial, os dois airbags laterais, totalizando quatro bolsas de proteção. Ele ainda conta com câmera de ré, Isofix, faróis de neblina, abertura elétrica do porta-malas e central multimídia com conexão bluetooth e com smartphone via Android Auto e Apple CarPlay e uma entrada USB. 

A opinião do Diário Motor

Renault Kwid Outsider.

O Kwid, na sua versão Outsider é um excelente carro urbano. No dia a dia, principalmente no trânsito pesado, ele vai muito bem. Por ser pequeno, cabe em qualquer lugar e a direção elétrica ajuda muito nas manobras. A suspensão elevada ajuda a encarar os asfaltos horríveis de nossas estradas. 

A lista de equipamentos é generosa, para a categoria. O motorista será bem atendido, com câmera de ré e central multimídia com conectividade com smartphones, entre outros. O consumo do carro é muito bom e o espaço do porta-malas é impressionante. 

Cabine cota com detalhes visuais em laranja.

A grande questão é sempre o preço. Não é de hoje que carro no Brasil está caro. Com o Kwid não é diferente. Mesmo assim, ele é um dos modelos mais baratos a venda no país. A versão Outsider, topo de linha, por R$ 44.990 poderia partir de um valor menor, mas dentro da realidade atual, até que vai bem. Vale a compra! Nota 8,5.

Ficha Técnica 

Renault Kwid Outsider.

Motor: 1.0  

Potência máxima: 70/66cv 

Torque máximo: 9,8/9,4kgfm 

Direção: elétrica

Suspensão: independente na dianteira e eixo de torção na traseira

Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira

Porta-malas: 290 litros

Dimensões (A x L x C x EE): 1.474 x 1.579 x 3.680 x 2.423mm 

Preço: R$ 44.990

12º → Renault Kwid → 49.475 unidades
Renault Kwid Outsider.
1º → Renault Kwid → 14,9km/l
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
6º → Renault Kwid → 23.648 unidades
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider.
Renault Kwid Outsider. Fotos: Geison Guedes/DP

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