Primeiras impressões

Honda HR-V Touring com motor turbo vai bem, mas derrapa no preço

A versão turbinada do SUV compacto sai por salgados R$ 139.990

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Honda HR-V Touring. Fotos: Geison Guedes/Diário Motor e Honda/Divulgação

São Paulo (SP) — A nova versão topo de linha do Honda HR-V já está disponível nas lojas. Testamos o modelo em São Paulo. O SUV tem um comportamento bom, principalmente por causa do motor turbo. Teve um pequeno acréscimo de equipamentos, mas nada que justifique o alto valor pedido por ele, R$ 139.990.

Visualmente falando, o HR-V não mudou nada para a versão 2020, até porque, no fim do ano passado ele recebeu o facelift de meio de vida. Para a versão Touring, a única diferença é o nome “turbo” na tampa traseira, tal como no Civic.

Interior claro deixa o SUV mais elegante.

Entre as novidades, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro (é a primeira vez que a Honda utiliza o sistema em conjunto com a câmera de ré no SUV) e finalmente ele ganha abertura das portas e partida com chave de presença. Outra novidade é o teto-solar panorâmico. Por fim, ele também conta com a Lane Watch, que faz a vez de alerta de ponto cego, seguindo o Civic e o Accord.

Para justificar o preço, a Honda poderia ter incrementado mais o utilitário. Por exemplo, o painel de instrumentos continua analógico (poderia ter um velocímetro digital), o ar-condicionado é digital, mas de apenas uma zona e não tem saída para trás. Falando do banco traseiro, os passageiros dele poderiam ter acesso a uma porta USB, que não ocorre.

Força extra

Motor 1.5 turbo de 173 cavalos.

O grande diferencial do HR-V Touring é o novíssimo motor turbo. O utilitário é o terceiro modelo da marca a receber a caixa 1.5 de 173 cavalos e 22,4kgfm de torque. Em comparação com o ultrapassado 1.8, o propulsor turbinado está anos luz à frente do aspirado.

Além da potência o do torque a mais, ele trabalha em faixas de rotações mais baixas. O motor 1.5 alcança a capacidade máxima do torque em apenas 1.700 rotações por minuto, bem abaixo da do 1.8, que é de 4.800rpm. Isso garante uma aceleração melhor e também otimiza o consumo de combustível.

Lane Watch é uma das novidades.

Em um primeiro contato com o modelo por rodovias de São Paulo, foi possível perceber que a potência extra fez bem ao HR-V, a aceleração está bem mais fácil e ocorre sem esforço, mesmo com o câmbio automático CVT. Claro que, com a transmissão, a pegada não é das mais esportivas.

O foco de caixas CVT é o conforto e, nisso, o HR-V vai muito bem. Por não existir troca, a aceleração é feita sem trancos, consequentemente, o carro não tem aquela explosão ao pisar fundo no acelerador, característica marcante de motores turbo.

O câmbio CVT pasteuriza o motor turbo.

Como no facelift a Honda melhorou o isolamento acústico do HR-V, a caixa CVT não incomoda tanto quanto antes. Agora, o ruído está bem mais abafado, não chega tão alto na cabine e não atrapalha a vida a bordo como ocorria antes.

Voltando a direção, como a caixa CVT trabalha de forma contínua, ela não tem uma aceleração imediata como é esperado em um veículo turbo. Não adianta pisar firme no acelerador que o utilitário não vai disparar pelo asfalto, mas o motor trabalha tão bem, que mesmo com a transmissão, ele consegue desenvolver velocidade de forma rápida.

Primazia à japonesa

O espaço interno é generoso.

O se o interior do HR-V estava ficando cansado, principalmente pela ausência de itens diferenciados, a Honda conseguiu dar um charme a mais ao modelo trocando a cor do interior, que pode ser cinza claro ou preto tradicional. Quando é a opção clara, o interior fica mais moderno.

O acabamento da cabine, como é esperado de qualquer veículo da marca, é primoroso. Não existe rebarba ou peças mal encaixadas. Tudo é feito como deve ser. O espaço continua o mesmo, bom para até quatro e apertado para cinco pessoas, como em todos os modelos da categoria.

A opinião do Diário Motor

O visual externo não teve mudança.

A Honda demorou, mas finalmente apresentou o HR-V com motor turbo. O grande porém do veículo é o preço. É complicado a marca cobrar R$ 139.990 em um SUV compacto, principalmente quando há opções entre os médios nessa mesma faixa de preço.

Se ele fosse totalmente completo, até que seria justificável o alto valor investido. Mas não é, pelo contrário. Faltam coisas básicas como velocímetro digital, saída de ar e porta USB para a traseira. Nesse preço, ele deveria vir com auxiliares de condução, tal como no Accord.

O velocímetro não é digital.

O motor é muito bom, mas o câmbio pasteuriza o propulsor. Mesmo com a caixa turbinada, a condução do HR-V não é animada, pelo menos não compromete a segurança e é bem melhor que a aspirada de 1.8 litros. Se não fosse o preço, seria um excelente carro. Vale o teste drive! Nota 6!

Viagem a convite da Honda

Ficha Técnica

Honda HR-V Touring

Motor: 1.5 turbo

Potência máxima: 173cv

Torque máximo: 22,4kgfm

Direção: elétrica

Suspensão: independente na dianteira e barra de torção na traseira

Freios: a disco nas quatro rodas

Porta-malas: 393 litros

Dimensões (A x L x C x EE): 1.650 x 1.772 x 4.329 x 2.610mm

Preço: R$ 139.990

Honda HR-V Touring. Fotos: Geison Guedes/Diário Motor e Honda/Divulgação
Honda HR-V Touring
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