Há exatos 60 anos nascia o Mini, um dos maiores ícones da indústria automotiva
O primeiro modelo foi revelado exatamente no dia 26 de agosto de 1959
Em 26 de agosto de 1959, na Inglaterra, a British Motor Corporation (BMC) apresentou dois novos veículos, o Morris Mini-Minor e o Austin Seven, os primeiros veículos supercompactos do mundo. Naquela data, nascia um dos maiores clássicos da indústria automotiva mundial, o Mini.
Os dois modelos foram desenvolvidos pelo engenheiro e designer automotivo Alec Issigonis. A missão dele, nada fácil, era criar um veículo com muito espaço interno, mas com dimensões externas mínimas, assentos para quatro passageiros, boa condução, economia de combustível superior e um preço muito acessível.
E foi exatamente o que Issigonis conseguiu. O Mini cumpriu todas as exigências da BMC. O pequeno, media apenas 3,05 metros de comprimento e era vendido a £ 496 (aproximadamente R$ 2.500). Com isso, o inglês era perfeito para vagas apertadas de estacionamento e orçamentos restritos.
As ideias brilhantes que o engenheiro britânico implantou no desenvolvimento dos dois modelos também foram utilizadas em variações do Mini. E é, até hoje, um dos conceitos de produção mais duradouros da indústria automotiva mundial.
Por meio de suas qualidades de direção e do charme de suas proporções, o Mini também era de grande interesse para o motorista que buscava algo a mais que apenas dimensões compactas e economia superior. Rapidamente ele também se consagrou pelo desempenho esportivo, particularmente em curvas, e com o estilo mais agressivo na estrada.
Com o sucesso do pequeno, a montadora resolveu fazer diversos modelos baseados na estrutura do Mini. Assim, ao longo dos anos, foram surgindo variantes como o Clubman, Estate, Countryman, GT e Cooper. No entanto, no início da década de 1980, a marca enxugou a gama, deixando apenas o Mini clássico. Que, em 1986, chegou a unidade de 5 milhões.
Nos anos 1990, já sob a chancela do Grupo Rover, a marca Mini criou mais um grande modelo de sucesso, o conversível. A ideia surgiu de um concessionário na Alemanha, que decidiu cortar o teto de um Mini e transformá-lo em um cabriolet.
Como toda história, a da Mini também teve um fim. Na virada do milênio, a montadora foi descontinuada. Mas a aposentadoria não durou muito. Em 2001, o Grupo BMW — que havia adquirido os direitos do Grupo Rover em 1994 — resolveu reiventar a marca e apresentar novos modelos, seguindo um novo estilo, mantido até hoje.
Atualmente, na Europa, a Mini conta com dezenas de configurações em seis versões diferentes e cinco carrocerias. Por lá, tem o clássico três portas, o cinco portas, o conversível, Clubman, Countryman e John Cooper Works. Por aqui, todas as carrocerias também são comercializadas. A exceção fica pelos modelos com motor diesel.
Versão comemorativa
Em comemoração a marca sexagenária, o Grupo BMW produziu um modelo especial, o Mini 60 Years Edition. Para o Brasil, virá 25 unidades do modelo, todas na cor New British Racing Green, pintura oficial do automobilismo britânico. A edição especial é baseada na versão Cooper S de três portas.
Ele conta com o motor 2.0 de 192 cavalos e 28,6kgfm de torque. Entre os detalhes diferenciados, além da pintura verde, está o teto bicolor em branco, faixas esportivas no capô com a inscrição “60 Years”, presente também nas soleiras e na projeção em LED.