Imposto Veicular

Veja quais são os maiores e menores valores de IPVA de São Paulo

O estado com a maior frota e uma das maiores alíquotas do imposto prevê arrecadar mais de R$ 30 bilhões em 2025

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Porsche 918 Spyder.
Veja quais são os maiores e menores valores de IPVA de São Paulo (foto: Porsche).

Com o novo ano se aproximando, um assunto recorrente de todo brasileiro que tem um veículo é o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Além de querer descobrir quanto terá que desembolsar, há a curiosidade de saber os maiores, e menores também, valores que serão pagos.

​​A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE)​ a pesquisa encomendada à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), contendo os valores dos veículos que servirão de base para o lançamento do IPVA em 2025 no estado. 

Para 2025, em São Paulo, as alíquotas do IPVA permanecem as mesmas, ou seja, 4% para carros de passeio, 2% para motocicletas e similares, caminhonetes cabine simples, micro-ônibus, ônibus e maquinário pesado, 1,5% para caminhões e 1% para os veículos de locadoras. 

Os campeões

Com isso, a Sefaz-SP identificou os maiores e menores valores que serão arrecadados em um único veículo em 2025. O grande campeão é o Porsche 918 Spyder ano 2015, que tem quatro unidades no estado, cada uma avaliada em R$ 13.556.900 pela Fipe, o que renderá um boleto de R$ 542.276 para cada proprietário. 

Um fato curioso é que o valor pago pelos donos dos Porsches é praticamente o mesmo divulgado pela Secretaria para o da motocicleta mais cara, uma Ducati Panigale V4 R, em única unidade, avaliada em R$ 551.551, ela pagará R$ 11.031,02 de IPVA. 

A Sefaz-SP separa ainda utilitários e caminhonetes dos demais automóveis. Com isso, o maior valor é de dois Rolls-Royce Cullinan 2023, o SUV da marca de ultra luxo, avaliado em R$ 6.035.586 com um IPVA de sonoros R$ 241.423,44. 

O caminhão mais caro é um Mercedes-Benz Atego 1419 ano 2021, ao preço de R$ 1.582.506 e IPVA de R$ 23.738 e o ônibus é um Volvo Busscar VBuss R 2022 avaliado em R$ 1.878.303 e com imposto de R$ 37.566,06. Ambos os pesados contam com apenas uma unidade registrada no estado de São Paulo.

Já o veículo com o menor IPVA é um Fercar Naja One, um buggy, que pagará R$ 235,28 de imposto, são 53 unidades registradas no estado, avaliadas em R$ 5.882 cada. A picape é uma unidade da Effa Ruiyi 2010, ao preço de R$ 6.652, com IPVA de R$ 133,04. 

O caminhão de menor valor é uma unidade do Astra H8D Cifa K35L ano 2008, ao custo de R$ 23.168 e IPVA de R$ 347,52. O ônibus são dois Jimbei Haise SY6480 2007, avaliados em R$ 11.640 e imposto de R$ 232,80. Agora, se os quatro donos do 918 pagarão mais de R$ 500 mil de IPVA, os seis proprietários da moto Wuyang WY 125 2005 pagarão míseros R$ 20,28 de imposto, já que cada uma foi avaliada em apenas R$ 1.014.

O IPVA

Os proprietários dos cerca de 29,4 milhões de veículos cadastrados no estado de São Paulo, a maior frota circulante do país, já podem consultar os valores para 2025 no Sistema de Veículos (Sivei), uma página simplificada no site da Sefaz-SP, onde basta informar a placa do veículo para descobrir quanto terá que pagar.

Segundo a Secretaria, o levantamento da Fipe identificou 13.087 modelos e versões diferentes de veículos de todas as marcas. A pesquisa é baseada nos preços de venda praticados no varejo em setembro de 2024. Comparado com o mesmo período de 2023, os valores de mercado apresentam queda média de 0,57%.

Do total da frota, 9,4 milhões estão isentos por terem mais de 20 anos de fabricação e cerca de 950 mil são considerados isentos, imunes ou dispensados do pagamento (como taxistas, pessoas com deficiência, igrejas, entidades sem fins lucrativos, veículos oficiais e ônibus/micro-ônibus urbanos). Ainda assim, o Estado prevê arrecadar cerca de R$ 30,4 bilhões.

Deste total, descontadas as destinações constitucionais (como o Fundeb), o valor restante é repartido metade para os municípios de registro dos veículos, que devem corresponder ao local de domicílio ou residência dos respectivos proprietários, e a outra metade para o Estado.

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