Veículos eletrificados começam janeiro ainda mais aquecidos

Em um absurdo movimento de protencionismo burro, o governo federal acatou o pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Afanvea) e retomou, em partes, o imposto de importação para veículos eletrificados. No entanto, o setor não sentiu a medida, segue aquecido e apresentou o melhor janeiro da série histórica. 

No primeiro mês do ano, 12.026 veículos eletrificados, entre híbridos e 100% elétricos, foram emplacados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o segundo melhor mês da história e o melhor janeiro. 

De acordo com a entidade, o dado representa um impressionante crescimento de 167% em relação ao mesmo mês de 2023, quando 4.503 unidades foram emplacadas. O que mostra que, mesmo com o aumento do imposto que entrou em vigor no primeiro dia do ano (10% para elétricos e 12% para híbridos), o setor segue em alta no Brasil.

Como no mercado geral, houve uma queda de 26% em relação aos dados de dezembro, que é o mês com os melhores números até o momento, com 16.279 veículos eletrificados emplacados. Lembrando que a estimativa da entidade é que, neste ano, o crescimento fique na casa dos 60%, com os emplacamentos superando as 150 mil unidades.

Separados por categoria, os BEVs (totalmente elétricos), foram os grandes destaques do primeiro mês do ano. Ao todo, foram 4.358 unidades, 36% do total de eletrificados. Em relação a janeiro de 2023, houve um crescimento de 477% (755).

Os híbridos plug-in (PHEV) ficaram com outros 32,5% de participação do segmento, com 3.910 unidades, uma alta de 139% em relação a 2023 (1.637). Já os híbridos convencionais (HEV), foram responsáveis por 3.758 emplacamentos. 

Entre os elétricos, o modelo mais vendido segue o BYD Dolphin, com 1.820 unidades, seguido do GWM Ora 03 (696) e BYD Seal (612). O GWM Haval H6 (1.619) ficou em primeiro lugar entre os híbridos, com BYD Song Plus (1.519) em segundo e Toyota Corolla Cross (996) em terceiro.