Não é todo dia que quatro Porsches Carrera GT aparecem juntos
Os modelos estavam na concessionária Stuttgart, em São Paulo, para revisão
As grande marcas de carros esportivos costumam criar veículos especiais com pouquíssimas unidades, o que acaba tornando o modelo uma raridade sobre rodas. Um desses, é o Porsche Carrera GT. O superesportivo conta com apenas quatro unidades importadas oficialmente para cá, todas foram “flagradas” juntas.
Conhecido por ter um dos melhores roncos entre motores V10, o Carrera GT foi produzido entre 2003 e 2006 e apenas 1.270 unidades foram fabricadas. Há época, cada unidade custava algo em torno de US$ 950 mil — era muito comum a venda de veículos em dólar — (R$ 5.191.180, na conversão direta atualmente). Se fosse vendido 0km hoje em dia, seria o segundo veículo mais caro do Brasil.
As quatro unidades importadas oficialmente — há notícias de outras duas que foram trazidas de maneira independente — são ano-modelo 2006, saíram da linha de produção em 2005 e fazem parte da última fase de oferta do modelo ao mercado. Um fato interessante é que cada uma foi importada em uma cor: branco, prata, preto e amarelo.
Os quatro modelos foram “flagrados” juntos na concessionária Stuttgart, em São Paulo, — responsável pela importação 15 anos atrás. Coincidentemente, eles foram levados ao mesmo tempo para realizar a revisão periódica, seguindo os prazos recomendados pela fábrica.
Segundo a Stuttgart, o manual da Porsche indica que a primeira revisão deve ser feita após um ano ou 10 mil quilômetros rodados, com as posteriores sendo feitas a cada dois anos. Ainda de acordo com a concessionária, entre os Carrera GT existentes no Brasil, o mais rodado tem pouco mais de sete mil quilômetros.
A máquina
O Porsche Carrera GT é até hoje um dos esportivos mais cobiçados e admirados do mundo. Ele foi o primeiro carro de produção em série a ter chassi monobloco feito de plástico reforçado com fibra de carbono.
O superesportivo é um roadster equipado com motor V10 aspirado de 5.733cm³, capaz de desenvolver 612 cavalos a 8.000 rpm. Além de emitir o uivo agudo típico dos motores de Fórmula 1 da época, o propulsor permite o alemão ir dos 0 a 100km/h em 3,9 segundos, de 0 a 200km/h em 9,9 segundos e chegar à velocidade máxima de 330 km/h.
Tudo isso com baixíssima presença de auxílios eletrônicos à pilotagem, levando em conta os parâmetros atuais: ABS (sistema anti-bloqueio das rodas em frenagens), ASC (controle de patinagem das rodas) e ABD (bloqueio automático do diferencial) e só.
O resto fica por conta de quem dirige — o que torna a pilotagem do Carrera GT ainda mais excitante. Ah, o câmbio é manual!