Grata surpresa: produção nacional de veículos fecha fevereiro em alta
O segundo mês do ano, mesmo com dias úteis a menos, apresentou quase 190 mil modelos fabricados no Brasil
Assim como nos emplacamentos, normalmente, fevereiro é um mês de produção mais modesta para o mercado automotivo brasileiro, muito por conta dos dias a menos e do período de Carnaval. No entanto, neste ano, o cenário está bem diferente, como apontam os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No segundo mês do ano, foram produzidos, no total, 189.684 veículos, o que representou uma alta exponencial de 24,3% em relação a janeiro (152.564) e de ótimos 17,4% (161.518) em comparação com o mesmo mês do ano passado. Com isso, o acumulado apresenta uma boa recuperação, com crescimento de 8,9% (342.248 contra 314.184).
Entre os veículos leves, os dados ficaram bem parecidos, com todos os números no azul. Em fevereiro, foram 177.254 modelos produzidos, alta de 23,9% em relação a janeiro (143.027) e de 16,5% quando comparado com o mesmo período de 2023 (152.120). O primeiro bimestre fechou com crescimento de 6,8% (320.281 contra 299.955).
Seguindo janeiro, o segmento de caminhões e ônibus também fechou o primeiro bimestre todo no azul, e com altas exponenciais. Em fevereiro foram 12.430 unidades produzidas, crescimento de 30,34% em relação a janeiro (9.537) e de 32,29% quando comparado com o mesmo mês do ano passado (9.398). No acumulado, alta impressionante de 54,38% (14.229 contra 21.967).
As exportações, com 30.652 unidades enviadas para outros países, até teve bom número em fevereiro, mas não o suficiente para fechar o primeiro bimestre no azul. Comparado com janeiro, houve um crescimento de impressionantes 62,7% (18.837). Mas para o mesmo período de 2023, queda de 14,1% (35.696). Com 49.489 veículos exportados, o acumulado também apresentou queda, de 28% (68.744).
“Este é o resultado mais importante para a indústria. Depois de alguns meses de alta consistente do mercado interno, finalmente a produção começa a subir degraus importantes de consolidação”, comemora Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.