TST de olho

Ford diz à presidente do TST que sairá do Brasil em razão dos prejuízos na pandemia

Reunião online ocorreu após o anúncio do fechamento das fábricas brasileiras da marca

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Maria Cristina Peduzzi, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Após o anúncio que encerrará a produção de automóveis no Brasil e fechará as fábricas no país, passando a comercializar apenas modelos importados, a Ford se reuniu com a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Maria Cristina Peduzzi. 

Representantes da montadora participaram de uma videoconferência com a presidente do TST nesta terça-feira (12) confirmando o que a empresa havia divulgado na última segunda-feira, que irá encerrar as operações de manufatura nas plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller, em Horizonte (CE).

Segundo o tribunal, o diretor jurídico da Ford, Luís Cláudio Casanova, disse que a decisão de reestruturação da empresa na América Latina ocorreu após a busca de diversas alternativas, mas os prejuízos obtidos anualmente foram ampliados durante a pandemia. 

O executivo enfatizou que a empresa sempre valorizou a negociação coletiva e buscou manter uma postura de composição e de apoio aos parceiros, uma vez que parte da produção — as unidades de Taubaté e Camaçari serão fechadas imediatamente, enquanto a da Troller seguirá em operação — ocorrerá até o último trimestre do ano, e outras atividades continuarão sendo realizadas no Brasil.

A presidente do TST lamentou o fechamento das unidades e o consequente desemprego gerado nas respectivas localidades — sindicatos locais afirmam que até 80 mil trabalhadores podem perder seus empregos. Ela enfatizou que a Justiça do Trabalho está sempre aberta à interlocução. 

“Somos instrumento de pacificação, seja pela decisão, seja pela promoção da conciliação e da mediação pré-processual. Esperamos que seja possível resolver os conflitos de forma consensual para satisfazer de maneira efetiva a vontade das partes”, reforçou a ministra Maria Cristina Peduzzi.

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