Teste da Vez

Chevrolet Tracker Premier 1.2 mostra porque o SUV se destaca tanto

Testamos o modelo que não é novidade, mas com a nova geração, teve uma guinada nas vendas

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Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021. Fotos: Geison Guedes/DP.

O Chevrolet Tracker não é nenhuma novidade no mercado Brasileiro. Há muitos anos é possível ver o SUV compacto pelas ruas do país, apesar de uma certa dificuldade de encontrar um por aí. O que não era uma tarefa tão fácil, agora é quase impossível de não ser feita. Com a nova — e terceira — geração, o utilitário da gravata finalmente caiu no gosto dos motoristas.

O modelo mudou completamente há um ano, em março de 2020, e fez a marca alcançar o terceiro lugar entre os utilitários compactos mais vendidos do país. Mesmo com toda a crise gerada pela pandemia, o Tracker vendeu 35 mil unidades a mais que todo 2019, quando fechou o ano em uma mísera 10ª posição.

O modelo é, atualmente, o terceiro SUV Compacto mais vendido do país.

Por ser uma nova geração, o Tracker mudou radicalmente. Apenas o nome foi mantido, Com visual renovado, alinhado à atual identidade da marca, motorização e equipamentos novos e modernos, o utilitário mostra porque merecia uma chance. Testamos a versão topo de linha, a Premier 1.2 Turbo e seus salgados R$ 126.830. 

Como praticamente todos os veículos no Brasil, o Tracker exagera no preço pedido. Mas mesmo assim, ele está longe de ser o mais caro. Na verdade, nesta “famigerada” lista, ele está apenas em quarto, olhando apenas as versões topo de linha, atrás do Jeep Renegade, Volkswagen T-Cross, e do Honda HR-V e seus insanos R$ 150.300.

Mudança radical

O design está alinhado com o resto da família de compactos da marca.

O SUV mudou 100% no ano passado, até por isso, para a linha 2021, nada foi alterado. Na parte visual, ele está alinhado à família compacta da Chevrolet, como o Onix. Externamente, o design — que já era bom — evoluiu muito. Destaque para a luz de circulação diurna em LED, que combina bem com a barra cromada da grade, que mesmo grande, não é exagerada. 

Nas laterais, a cintura alta aponta para o lado robusto do utilitário, mesmo sendo um modelo totalmente urbano, assim como os apliques de plástico nas caixas de roda e nas saias. A traseira mantém a elegância, mesmo com a falta de proporção entre a tampa do porta-malas com o vidro traseiro. 

Os acessórios dão um charme a mais ao utilitário.

A versão que testamos contava com acessórios interessantes que elevam ainda mais o visual do utilitário, como os estribos laterais (mas que poderiam ser um pouco mais finos, pois chegam a atrapalhar no embarque e desembarque, já que o SUV não é tão alto), proteção nos para-choques em prata, rack e saída dupla do escapamento cromadas.

O grande destaque da Premier é o interior. Por ser a topo de linha, ela vem com um gigante teto solar panorâmico. A cabine conta com detalhes em duas cores, em preto e azul escuro, o que proporciona um charme a mais e eleva a qualidade do interior. 

O interior em dois tons tem um ar mais elegante.

O mesmo detalhe azulado é visto no painel de instrumentos e nas portas, que contam com forração em couro. O acabamento é todo bem feito, sem rebarbas ou peças mal encaixadas. A tela flutuante da central multimídia harmonizou bem com o resto da cabine.

Outro destaque do SUV é o espaço. Quatro adultos viajam com extremo conforto, uma quinta pessoa sempre gera um certo aperto, mas nada muito grave no caso do Tracker. O porta-malas também é muito bom, com seus 393 litros, suficiente para levar muita bagagem.

Como deve ser

A qualidade da tela da central multimídia é acima da média.

Por ser a versão topo de linha do Tracker, a Premier faz bonito no quesito lista de equipamentos. E não é para menos, afinal, estamos falando de um carro de quase R$ 130 mil. Entre itens de conforto e segurança, ele não deixa a desejar em praticamente nada. 

Na parte da comodidade, além do teto solar elétrico e panorâmico, ele vem com chave inteligente para abertura das portas e partida do motor, revestimento premium dos bancos, ar-condicionado digital (poderia ser de duas zonas), painel de instrumentos com tela TFT, carregador wireless e central multimídia com tela de oito polegadas, conexão com smartphones, três portas USB, sistema OnStar e conectividade Wi-Fi.

O gigante teto solar elétrico é um charme a mais do modelo.

Em se tratando de segurança, o Tracker também faz bonito, ele vem com seis airbags, assistente de partida em rampa, luz de condução diurna em LED, regulagem de altura dos faróis, piloto automático, câmera de ré, monitoramento de pressão dos pneus, sensores de estacionamento dianteiro, lateral e traseiro, crepuscular e de chuva, monitoramento de pressão dos pneus. 

Mas os destaques ficam pelo alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, monitoramento de ponto cego, estacionamento automático, faróis tipo projetor, lanterna em LED e espelho retrovisor interno eletrocrômico. 

Pequeno e forte

O 1.2 Turbo está disponível apenas na versão topo de linha.

O conjunto mecânico do Tracker também foi completamente renovado. O motor 1.4 turbo saiu de cena e deu lugar a um moderno três cilindros 1.2 turbo de 133 cavalos no etanol e 132 na gasolina. O torque é de 21,4 e 19,4kgfm respectivamente. A caixa de força vem acompanhada de direção elétrica e transmissão automática de seis velocidades. 

Mesmo tendo um pouco menos de força que o motor anterior, o novo não faz feio, pelo contrário. Na cidade, ele trabalha de forma primorosa, com faixas de torque baixas, qualquer toque no acelerador faz o SUV disparar com vigor pelo asfalto. 

O câmbio automático trabalha bem, apesar de faltar as borboletas no volante.

Qualquer manobra é feita com extrema facilidade, de ultrapassagens a saídas e retomadas de velocidades, tudo fácil e seguro. O câmbio automático também trabalha bem, com trocas suaves, sem trancos. O porém fica pela opção de mudança de marcha manual, o Tracker não vem com borboletas no volante, a função é feita apenas por botões no câmbio. 

A suspensão também trabalha bem, absorvendo as inúmeras imperfeições do solo — coisa que não falta nas nossas vias. A direção elétrica progressiva deixa o volante leve em baixa e firme em altas, otimizando ainda mais a segurança. 

A ponteira dupla cromada dá um ar mais esportivo ao modelo.

Na hora de manobrar, dois destaques, primeiro o conjunto tela da central multimídia e câmera de ré, que garante uma excelente visualização, algo que a GM vem investindo em todos os modelos. O segundo é o estacionamento automático, que facilita muito na hora de colocar o SUV em qualquer vaga, fazendo o trabalho do volante para o motorista. 

Na parte do consumo, ele fica dentro da média da categoria. Nem o melhor, nem o pior, entre os SUVs compactos com motorização turbo. Durante o teste, ele fez, em média, 10,4km/l, abastecido com gasolina, lembrando sempre que as vias largas e planas de Brasília fazem com que o gasto seja mais próximo do rodoviário.  

A opinião do Diário Motor 

O modelo manda muito bem em todos os aspectos.

A nova geração do Tracker justifica todo o sucesso atual do modelo. Com visual bastante agradável — apesar da cor da unidade que testamos ser exageradamente chamativa –, equipamentos interessantes e conjunto mecânico bem calibrado, o SUV manda bem. 

Isso sem falar no interior, com bom espaço, tanto no banco traseiro (que ainda conta com duas portas USB voltada para ele), quanto no porta-malas. A versão que testamos ainda contava com acessórios que mostram que o futuro proprietário de um Tracker pode personalizá-lo, deixando-o único.  

Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021.

O maior porém, como sempre, é o preço. Pagar R$ 126.830 em um utilitário compacto é pesado. Apesar dele estar longe de ser o mais caro, título assumido com sobras pelo Honda HR-V, o valor ainda é muito alto e mostra como o atual cenário do mercado brasileiro é desfavorável. 

Mesmo custando caro, como todos os outros, ele pode justificar o investimento, olhando com cuidado para os rivais. Poderia ser mais barato? Sim, deveria! Todos deveriam! Mas quem optar pelo já veterano (em sua história e não na atual geração) da Chevrolet terá um excelente carro na garagem. Vale a compra! Nota: 9,5.

Ficha técnica

Motor 1.2 turbo de 133 cavalos.

Motor: 1.2 turbo

Potência máxima: 133/132cv 

Torque máximo: 21,4/19,4kgfm 

Transmissão: automática de 6 velocidades

Direção: elétrica

Suspensão: independente na dianteira e eixo de torção na traseira

Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira 

Porta-malas: 393 litros

Dimensões (A x L x C x EE): 1.626 x 1.791 x 4.270 x 2.270mm 

Preço: R$ 126.830

Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021.
Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021.
Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021.
Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021.
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Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021. Fotos: Geison Guedes/DP.
Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2021.
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