Covaxin

Bharat encerra contrato com a Precisa, que acha decisão precipitada

Fabricante indiana assumirá tratativas para venda de suas vacinas ao Brasil

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Aquisição da Covaxin pela Precisa Medicamentos não apresenta fraude. Foto: Pallava Bagla Corbis via Getty Images

A fabricante da vacina Covaxin, Bharat Biotech, anunciou haver cancelado acordo com a empresa brasileira Precisa Medicamentos para a exportação do imunizante, nesta sexta-feira (23).

Em nota, a Precisa considerou a decisão da empresa indiana precipitada, reiterou que “jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin”.

A empresa brasileira lembrou inclusive que nesta quinta-feira (22) “obteve mais um passo relevante, com a aprovação, pela Anvisa, da fase três de testes no Brasil, a ser feita em parceria pelo Instituto Israelita Albert Einstein.”

O laboratório indiano informou que continuará em tratativa com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aprovação do uso da vacina no país.

A razão para a quebra do acordo não foi revelado pela Bharat Biotech. A Precisa Medicamentos atuava como sua representante na aquisição dos imunizantes.

A nota

Leia a íntegra da nota da empresa brasileira:

A Precisa Medicamentos lamenta o cancelamento do memorando de entendimento que viabilizou a parceria com a Bharat Biotech para a importação da vacina Covaxin ao Brasil. A decisão, precipitada, infelizmente prejudica o esforço nacional para vencer uma doença que já ceifou mais de 500 mil vidas no país e é ainda mais lastimável porque é consequência direta do caos político que se tornou o debate sobre a pandemia, que deveria ter como foco a saúde pública, e não interesses políticos.

A Precisa jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin, tanto que, nesta quinta-feira (22), obteve mais um passo relevante, com a aprovação, pela Anvisa, da fase três de testes no Brasil, a ser feita em parceria pelo Instituto Israelita Albert Einstein. Todos os trâmites foram conduzidos pela Precisa Medicamentos, que cumpriu os pré-requisitos impostos pela agência e apresentou todas as informações necessárias.

Infelizmente, o resultado prático desta confusão causada pelo momento político do país é o cancelamento de uma parceria com o laboratório indiano que iria trazer 20 milhões de doses de uma vacina com comprovada eficácia (65,2%) contra a variante Delta, justamente no momento em que essa variante escala no País.

A empresa continuará exercendo sua atividade no ramo fármaco empresarial, nos mais legítimos termos que sempre se pautou, com ética e valores sólidos, nesses mais de 20 anos de atuação.”

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