Delator

Élcio de Queiroz confirma que morte de Marielle ‘foi mediante pagamento’

Ex-PM disse que motivo do crime era "pessoal" de Ronnie Lessa

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Vereadora Marielle Franco foi executada em março de 2018 (Foto: PSOL/Reprodução)

O ex-policial militar Élcio de Queiroz, envolvido na morte da vereadora Marielle Franco, afirmou que o crime ocorreu “mediante pagamento”. A parlamentar foi executada em 14 de março de 2018, Anderson Gomes, motorista da vereadora também foi assassinado. 

O ex-PM declarou durante depoimento à justiça do Rio, na última terça-feira (10), que “Foi mediante pagamento, sim”. 

Ele alegou não saber quem era a vítima, e ao ser questionado novamente se houve pagamento pelo crime, afirmou que sim “Eu estou falando, é isso aí, mediante pagamento, mas ele não falou que era a Marielle, falou que era uma mulher” 

O delator do duplo assassinato também citou a compra de carros luxuosos e lanchas após o crime e destacou o aumento patrimonial dos outros envolvidos, o ex-bombeiro Maxwell Corrêa e Ronnie Lessa, acusado como o autor dos disparos.  

“Eles ostentavam padrão de vida de policial ou ex-policial ou ex-bombeiro além dos ganhos?”, perguntou a Promotoria. “Com certeza. Muito além”, respondeu Queiroz.

Abordado sobre quem mandou matar Marielle e o motivo do crime, Élcio de Queiroz contou ter ouvido de Ronnie Lessa que a questão com Marielle era “pessoal”. 

“Você teve curiosidade de perguntar depois do crime o porquê?”, questionou a Promotoria. “Esse detalhe, não. Ele só falou que a situação era pessoal. Maxwell nunca comentou comigo sobre isso”, respondeu. 

“Segundo o Ronnie, quem arrumou esse ‘trabalho’, esse homicídio mediante ‘paga’, foi o Macalé”, disse Queiroz. Bernardo Mello, o “Macalé”, suspeito de ser o responsável por encomendar o assassinato foi executado em 2021 na Zona Oeste do Rio.

 

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