Convidados da CPI do MST sofrem ataques de esquerdistas
Críticos do MST, Xico Graziano diz que irá participar da CPI "com gosto"

Antes mesmo de comparecerem às reuniões da CPI do MST, os convidados do colegiado estão sofrendo ataques nas redes sociais.
O ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Xico Graziano, cujo depoimento deve acontecer na próxima terça-feira (13), virou alvo de ataques e xingamentos virtuais depois de anunciar sua ida à CPI.
Além de agrônomo, Graziano foi presidente do Incra durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Também é autor de dez livros sobre reforma agrária, um dos fundadores do PSDB e um crítico das invasões de terra.
Militantes de movimentos sociais e de partidos ligados à esquerda têm usado a internet para atacar os críticos das ações do MST.
“Fui convidado a estar na CPI, irei com gosto, mas não participarei de bate-boca. Vou apresentar um relatório sobre o processo da reforma agrária no Brasil”, afirmou em entrevista à Veja.
CPI do MST
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST foi instalada em 17 de abril pelo presidente da Câmara dos Deputados (Arthur Lira (PP-AL) para investigar a atuação do movimento. O relator do caso é o deputado Ricardo Salles (PL-SP), que atuou como ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A comissão tem prazo previsto de 120 dias, a ser finalizado em 28 de setembro de 2023, com reuniões que devem acontecer às terças e quintas-feiras.
Ela foi apresentada por deputados da oposição após registros de terras invadidas em áreas do sul da Bahia e Goiás.
A criação do colegiado foi aplaudida por integrantes da oposição, já que é vista como uma maneira de pressionar o governo e investigar invasões de terras em áreas do sul da Bahia e Goiás e outras regiões.
Além de Salles, os também autores do requerimento de criação da CPI, os deputados Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP) atuam no colegiado como presidente e vice-presidente respectivamente.