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China não quer importar carnes brasileiras já processadas e pressiona mercado bovino

País asiático não quer aceitar a carne alegando que foi processada no período do mal da vaca louca

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O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, afirmou que os preços negociados pela tonelada da carne bovina seguem trazendo preocupações para o setor. Foto: Sindicarne.

O mercado bovino brasileiro segue pressionado mesmo com a liberação de exportações da carne para a China, principal comprador da proteína, há cerca de um mês.

De acordo com o analista de mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, a China não quer importar um grande estoque da carne bovina brasileira já processada, alegando que foi produzida após o dia 22 de fevereiro, período em que foi detectado no Pará um caso atípico da Encefalopatia Espongiforme Bovina, ou como é conhecida a doença, mal da vaca louca.

“É muita coisa, porque a gente já vinha com um estoque alto, com abates grandes, e se tem um estoque grande que pode ter sido produzido. Nem todas as indústrias produziram carne para a China neste período (de embargo), mas bastante produziram, e a China alega que não quer comprar esta carne que foi processada após o embargo brasileiro. Teve indústria que ficou 30 dias produzindo”, destacou Junqueira.

O primeiro trimestre de 2023 já havia sofrido uma queda expressiva sobre a exportação e faturamento na receita de carne bovina em comparação com o mesmo período de 2022. 

O analista destacou também que o volume dos estoques já processados que a China não quer importar podem chegar a 200 mil toneladas, com um valor aproximado de US$ 1 bilhão.

 

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