Gabinete da Ousadia

Senador denuncia quadrilha digital agindo no Planalto

Líder da oposição diz que há dossiês preparados sobre convicções pessoais dos cidadãos.

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Senador Rogério Marinho (PL-RN). Foto: Agência Senado)

O líder da oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando a investigação e suspensão das atividades de um núcleo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, apelidado de “gabinete da ousadia” ou “gabinete do ódio”. O setor é suspeito de promover desinformação e atacar adversários políticos do governo federal.

A denúncia aponta para a elaboração de ‘dossiês’ sobre pessoas com base em suas opiniões políticas, crenças, e práticas cívicas, o que caracteriza abuso de poder. O documento assinado pelo senador acusa o governo federal de desvio de finalidade nas atividades da Secretaria de Comunicação. Marinho destacou a existência de indícios sobre a coordenação de campanhas de fake news e realizar monitoramento digital, o que contraria os princípios de integridade e transparência da administração pública.

O senador alertou que o “Gabinete da Ousadia” representa um grande risco para a população e para a democracia brasileira, especialmente com a iminente conclusão da megalicitação da Secom para contratação de serviços digitais e também menciona as relações duvidosas entre ministros do governo e empresários selecionados para atuar com a publicidade do governo.

Rogério Marinho, que também apresentou denúncia ao TCU e à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre essa licitação, destacou que essas empresas poderiam ser usadas para criar “dossiês” sobre cidadãos brasileiros, baseados em suas opiniões políticas, crenças, e práticas cívicas, caracterizando desvio de finalidade e abuso de poder.

“O grande risco para a população e para a democracia brasileira ainda não foi materializado. O Gabinete da Ousadia atingirá seu ápice de eficiência quando a megalicitação da Secom de serviços digitais for concluída e os contratos com as quatro empresas ‘amigas’ do Partido dos Trabalhadores forem celebrados para produzir e compartilhar informações sobre a vida pessoal, as escolhas pessoais e políticas, as práticas cívicas de cidadãos brasileiros que navegam nas redes sociais”, alerta o senador na representação ao TCU.

 

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