Sucessão presidencial

Doria quer a Petrobras privatizada e defende o impeachment

"Nem horror, nem terror, o Brasil precisa de gestor", disse ele, sobre a terceira via

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João Doria, ex-governador do Estado de São Paulo.

Pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, reafirmou nesta quinta-feira (9) a defesa da privatização da Petrobras, mas sem que isso represente a transferência do seu monopólio da empresa à iniciativa privada.

Ele criticou o governo de Jair Bolsonaro por não haver avançado nos processos de desestatização, como fez acreditar que aconteceria. Ele citou os casos dos Correios e da Eletrobrás como exemplos de fracasso do programa de privatização do atual governo.

As declarações de Doria foram feitas durante entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

Ele se mostrou otimista em relação à disputa pela candidatura tucana à sucessão presidencial. “Eu sou filho de prévias”, brincou, lembrando que enfrentou as duas únicas prévias do PSDB, ao qual é filiado desde 2001, para conquistas as candidaturas e prefeito paulistano e, na sequência, governador de São Paulo.

“Nem horror, nem terror, o Brasil precisa de gestor”, disse, ao citar pesquisa do Datafolha, segundo ele divulgada há seis semanas, mostrando que 52% dos brasileiros não querem a reeleição do atual presidente e nem o retorno do ex-presidente petista. “Nem Lula, nem Bolsonaro”, resumiu, lembrando que neste domingo (12) defensores dessa ideia vão sair às ruas em manifestações programadas para várias cidades.

Impeachment de Bolsonaro

João Doria também comentou os discursos de Bolsonaro nas manifestações de Sete de Setembro, sobretudo na Avenida Paulista, e confirmou que já não tem dúvidas da necessidade de a Câmara dos Deputados promover o impeachment do atual presidente.

Ele afirmou que o governo paulista vai reagir a qualquer movimento de bloqueio de rodovias, provocado por caminhoneiros bolsonaristas. Segundo o governador, a Polícia Militar está orientada a intervir e garantir a liberação do trânsito.

Há pelo menos 21 estradas sendo monitoradas desde o início da manhã desta quarta-feira. Até o momento, em nenhuma houve interdição total das pistas. Para ele, o direito constitucional de ir e vir deve ser respeitado em qualquer manifestação.

Ao citar o andamento das obras de recuperação do Museu do Ipiranga, João Doria lembrou do jornalista José Paulo de Andrade, que sempre defendeu a iniciativa. O Museu do Ipiranga será reaberto em 7 de setembro de 2022, data em que o Brasil comemora o bicentenário da Independência. De acordo com o governador, 70% das obras já foram concluídas.

João Doria foi entrevistado no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, pelos jornalistas Thays Freitas, Sônia Blota e Cláudio Humberto.

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