Covid-19

SP vacinou 75% das crianças imunizadas no Brasil; volta às aulas fica mais segura

Dados do Consórcio de Imprensa mostram que 3 a cada 4 crianças no país são vacinadas no estado

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Vacinação infantil contra covid-19. Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Estado de São Paulo vacinou 345,7 mil crianças de 5 a 11 anos, de um total de 456,1 mil em todo o país. De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, esse número corresponde a 75,8% das crianças imunizadas no Brasil contra a Covid-19 até segunda-feira, 24. No estado.

Diante da variante Ômicron do coronavírus, a ampla vacinação infantil torna o retorno às aulas mais seguro. Essa variante é responsável por aumentar o número de internações pediátricas em UTIs e inúmeros países, como o Brasil e os Estados Unidos, registram esse movimento. A alta nesse patamar é observada pela primeira vez desde o início da pandemia e, agora, médicos buscam explicações sobre o fato.

Vale lembrar que a maioria das crianças ainda não está imunizada contra a covid-19 no Brasil, onde a campanha para vacinar aqueles com 11 a 5 anos foi iniciada apenas em janeiro. Além disso, em nenhum dos dois países, doses são aprovadas para quem tem 4 anos ou menos.

A volta às aulas das crianças está prevista para o mês de fevereiro, pouco depois do início da imunização da faixa etária entre cinco e 11 anos.

O secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, reforça a importância da vacinação infantil para um retorno seguro das aulas no Estado.

“Temos discutido muito isso, estar com a escola aberta, funcionando, com os protocolos de segurança e é óbvio que a vacina chega para dar ainda mais segurança para as crianças e também para as famílias”, disse.

Para o coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka, esse retorno é necessário, mas demanda a proteção das crianças.

“Começando as aulas, acaba sendo um risco novo para as crianças. Nós não podemos deixar de levar as crianças para as escolas, elas já foram muito prejudicadas no desenvolvimento delas, e provavelmente esse prejuízo não vai mais conseguir ser revertido. Então elas precisam ir para a escola, mas não é só precisar ir, elas precisam ter toda a segurança possível”, ressaltou.

Em relação a possíveis reações à vacina, o médico considera que “os riscos são mínimos perto do que a doença provoca”.

“No Brasil, onde tivemos muito menos casos de infecção pelo coronavírus nessa população pediátrica, nós tivemos vários casos do que chamamos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica, e foram 85 óbitos inclusive, e uma das características dessa síndrome é o comprometimento cardíaco, com miocardite, arritmia e uma série de outros problemas. O coronavírus provoca muito mais doença cardíaca do que a gente imagina, inclusive nas crianças”, afirma.

O Governo do Estado lançou ontem o vacinômetro infantil, com dados da imunização de crianças de 5 a 11 anos, que está disponível no site Vacina Já, por meio do link https://www.vacinaja.sp.gov.br/. No site também é possível fazer o pré-cadastro para a vacinação deste público. Ele é opcional e não é um agendamento, mas agiliza o atendimento nos locais de imunização, evitando filas e aglomerações. Para cadastrar os filhos, os pais ou responsáveis devem acessar o site, clicar no botão “Crianças até 11 anos” e preencher o formulário online.

O calendário de vacinação do Governo de São Paulo prevê a vacinação de crianças com idade entre 9 e 11 anos de 20 a 30 de janeiro. Entre 31 de janeiro e 10 de fevereiro, a campanha vai priorizar aquelas de 5 a 8 anos. O cronograma completo da vacinação infantil está disponível aqui. (Com informações do Portal do Governo de SP)

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