Corrupção e tráfico

PF prende auditores da Receita por supostos crimes no Porto de Itaguaí

Operação Ártemis prendeu os analistas tributários José Guina e Jorge de Jesus e sequestrou R$ 30 milhões

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Dinheiro e bens apreendidos na Operação Ártemis contra servidores da Receita Federal. Foto: Divulgação PF

Na manhã desta quarta-feira (17), a Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal do Brasil e o Ministério Público Federal, deflagrou a Operação Ártemis, em que prendeu dois analistas tributários federais com o objetivo de desarticular organização criminosa composta por agentes públicos, empresários e relacionados, voltada à prática de crimes atinentes ao comércio exterior, corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, no Porto de Itaguaí/RJ.

Foram presos os analistas tributários da Receita Federal, José Guina, que estava em Campo Grande, e Jorge de Jesus, preso no Recreio. Além das prisões preventivas, os policiais federais, com apoio de servidores da Receita e do MPF, cumprem 31 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios vinculados à organização criminosa, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Alagoas, foram sequestrados bens e valores que ultrapassam o montante de R$ 30 milhões.

A investigação da PF começou em 2020, a partir de ações corretivas coordenadas pela Receita Federal no Porto de Itaguaí/RJ, quando foram detectadas condutas suspeitas de servidores e agentes externos. Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se a participação de várias outras pessoas em conluio no contrabando, facilitação de contrabando, tráfico de drogas e lavagem de capitais.

A Polícia Federal, nas investigações de repressão aos referidos crimes, possui como diretriz a descapitalização e a prisão dos envolvidos, expropriando-as de todo o patrimônio, bens e valores acumulados a partir das suas atividades ilícitas, como forma de inviabilizá-las financeiramente, evitando qualquer tentativa de sua reestruturação após a deflagração das operações.

As ações autorizadas pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro ocorrem nos municípios do Rio de Janeiro e Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro; Santos e São Vicente, no Estado de São Paulo; Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais; Vitória, no Estado do Espirito Santo; e Maceió no Estado de Alagoas.

Em razão da convergência dos investigados, a Operação Ártemis se desenvolve, simultaneamente, com a operação Efeito Cascada, deflagrada pela PF em São Paulo, e ambas contaram com a participação de mais de 150 (cento e cinquenta) policiais federais por todo o país. (Com informações da Comunicação Social da PF no Rio de Janeiro e G1)

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