PF prende pastor por racismo e incitar ódio contra judeus, no Rio
Tupirani da Hora Lores defendeu que judeus fossem 'envergonhados, como na 2ª Guerra Mundial’
A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (24) o pastor Tupirani da Hora Lores, acusado de promover crime de racismo e discursos de ódio contra judeus e pessoas de outras religiões, como as de origem afro. Contra o líder da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 8a Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A operação Rófesh também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o líder religioso, preso no bairro de Santo Cristo, na região central do Rio.
De acordo com as investigações do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), da PF, o religioso produziu e publicou diversos vídeos com ataques aos judeus e seguidores de outras religiões.
Em um de seus cultos, divulgado em junho de 2020, o pastor afirmou que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”.
Crimes
Além dos crimes de racismo e ameaça, o pastor responderá por incitação e apologia de crime. Caso seja condenado, poderá cumprir pena de até 26 anos de reclusão.
O pastor já tinha sido alvo de busca e apreensão em março do ano passado, por promover discurso de ódio. Segundo a PF, ele também já tinha sido preso anteriormente.
O nome da operação Rófesh, em hebraico, significa liberdade, faz alusão às recentes discussões sobre os limites da liberdade de expressão.
A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) emitiu nota, parabenizando o trabalho da polícia e disse que a aplicação é fundamental para conter esse tipo de crime. (Com informações da Agência Brasil e G1)