Evento em Garanhuns

Paulo Câmara, Danilo Cabral e João Campos são vaiados em ato com Lula

Imagens nas redes sociais mostram ônibus e vans pagos com dinheiro público para juntar plateia

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Lula levanta para tentar conter as vaias para o governador Paulo Câmara em Garanhuns. Foto: Reprodução YouTube Lula

A comitiva do PSB formada pelo prefeito do Recife, João Campos, pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e pelo pré-candidato a governador, Danilo Cabral, foi recebida com vaias, durante ato de apoio ao pré-candidato do PT a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O vexame das mais importantes autoridades pernambucanas filiadas ao PSB aconteceu na tarde desta quarta-feira (20), em Garanhuns (PE), terra natal de Lula.

As primeiras vaias foram dadas no momento em que Câmara, Cabral e Campos foram anunciados para subir ao palanque do evento, por militantes que receberam com festa Lula e o pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O momento de maior rejeição da plateia foi quando o governador Paulo Câmara discursou, debaixo de uma sonora vaia e gestos de reprovação de sua presença no palanque esquerdista. O vexame forçou lideranças do palco a se levantarem aplaudindo e tentando puxar um coro pelo nome de Paulo Câmara.

Lula, que estava sentado, apressou-se para se levantar e posicionar-se do lado do governador para conter as vaias. E Paulo Câmara chegou a atribuir as vaias que recebia ao suposto “legado” do principal rival de Lula, o presidente da República e pré-candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL).

“O Brasil, infelizmente, foi contaminado por esse presidente atual, com muito ódio, com muito rancor, com muito medo, com muita intolerância. Mas, Pernambuco e o Brasil vai saber dar resposta para voltar a ser feliz”, disse Paulo Câmara, sob vaias, ao conclamar pela unidade do Brasil e de seu estado em favor do povo.

Evento restrito não evitou vergonha

O evento voltou a ser fechado, em ambiente com acesso controlado, ao contrário do que vem ocorrendo com os atos eleitorais nas ruas, promovidos por Bolsonaro. A estratégia de barrar a presença da deputada federal Marília Arraes, pré-candidata a governadora de Pernambuco pelo Solidariedade, não evitou que sua militância vaiasse as lideranças do PSB, que forçaram a saída de Marília do PT, que deixou a sigla mas segue apoiando Lula.

Ao discursar, o ex-presidente petista confirmou o apoio a Cabral como seu nome para o governo de Pernambuco. Danilo Cabral e Marília Arraes disputam votos de eleitores de Lula para suceder Paulo Câmara, atrelando suas imagens à do ex-presidente petista. E o apoio do PT a Danilo Cabral em Pernambuco foi uma das condicionantes regionais para a aliança de Lula com Alckmin, via PSB.

Após mal conseguir ser ouvido, Câmara ainda defendido pelo pré-candidato a suplente da petista Teresa Leitão ao Senado, Silvio Costa (Republicanos). O “Silvão”, como é conhecido, considerou as vaias injustas, alegou que o governador foi perseguido por Bolsonaro, ainda ressaltou que Danilo Cabral e Teresa Leitão são os candidatos majoritários de Lula em Pernambuco.

 

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