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Oposição usa sessão esvaziada da CPI para convocar ex-mulher de Bolsonaro

Convocação de Ana Cristina Siqueira Valle não estava na pauta e foi votada de supetão por apenas oito senadores

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Ana Cristina Siqueira Valle foi convocada pela CPI só por ter sido casada com o presidente Jair Bolsonaro.

A oposição aproveitou momento em que a sessão desta quarta (15) da CPI da Pandemia estava esvaziada para aprovar a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. O requerimento não estava na pauta de hoje, mas foi aprovada em menos de dois minutos sem votação nominal, com a presença de apenas oito senadores, após pedido de análise extra pauta do senador Alessandro Vieira (Cid-SE).

Segundo Vieira, Marconny Faria, que prestou depoimento hoje, confirmou que conhece Ana Cristina, além de ter atuado “como lobista da empresa Precisa Medicamento” e a relação com a ex-esposa do presidente precisa ser esclarecida.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) protestou contra a análise repentina e pediu a inclusão na pauta de votações de requerimentos, mas não foi atendido pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que comandava os trabalhos da comissão.

Estavam presentes no momento, além dos citados, os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Rogério Carvalho (PT-SE), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Izalci Lucas (PSDB-DF)

Marconny negou ter negócios com a família Bolsonaro, mas confirmou que ajudou Jair Renan, filho do presidente, a abrir uma empresa. “Ele queria criar uma empresa de influencer, e aí eu só apresentei ele para um colega tributarista que poderia auxiliar na abertura dessa empresa”, explicou.

Na mesma sessão, depois de inúmeras ameaças de prisão contra Marconny, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), o transformou de testemunha em investigado.

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