Saúde pública

Novo presidente do Iges anuncia inauguração de sete novas UPAs no DF

A primeira a ser inaugurada será a UPA de Ceilândia, que deve ser entregue em maio, segundo Occhi

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Occhi tomou posse nesta quarta-feira e disse que as UPAs serão entregues até setembro | Foto: Davidyson Damasceno/Iges

As sete unidades de pronto atendimento (UPAs) que estão sendo construídas com recursos próprios do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) devem ser concluídas gradativamente até setembro deste ano. Foi o que anunciou nesta quarta-feira (17) o novo presidente da instituição, Gilberto Occhi, ao se apresentar aos colaboradores logo após tomar posse.

A primeira a ser inaugurada será a UPA de Ceilândia, que deve ser entregue em maio, segundo Occhi. Até a semana passada, 78% das obras dessa unidade estavam concluídas. As outras (Brazlândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Riacho Fundo e Vicente Pires) deverão ser inauguradas entre junho e setembro. Occhi ressaltou que esse cronograma foi apresentado ao governador Ibaneis Rocha em reunião nessa terça-feira (16).

Para o novo presidente do Iges, a construção das UPAs é uma das principais contribuições que a instituição deve dar para ampliar e melhorar os serviços de saúde pública do DF. “Construir UPAs é muito importante porque a demanda é crescente”, enfatizou. “Saúde não tem hora e também não pode esperar. E as UPAs funcionam 24 horas.”

Desafios na pandemia
Gilberto Occhi destacou que, diante da nova onda do coronavírus, a prioridade para enfrentar a pandemia é garantir o funcionamento pleno das unidades administradas pelo Iges-DF (Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e suas UPAs).

O desafio, segundo ele, é manter essas unidades abastecidas com medicamentos e oxigênio; equipadas com leitos e aparelhos que atendam pacientes com covid-19; e operando com equipes de profissionais de saúde motivadas e em quantidade suficiente para atender à demanda.

Para alcançar esses objetivos, o presidente enfatizou que é necessário promover, a curto e a médio prazos, a reestruturação administrativa e financeira da instituição. Na prática, essa reforma começou ainda em fevereiro, logo após o nome dele ter sido aprovado pelo Conselho de Administração do Iges para presidir a instituição.

Essa reestruturação, conforme Occhi, prevê o imediato corte de gastos. Isso incluiria a revisão de contratos com fornecedores, com o possível cancelamento de serviços que sejam considerados dispensáveis; a adoção de medidas que reduzam gastos com energia elétrica consumida pelas unidades da instituição; a devolução à Secretaria de Saúde de servidores cedidos ao Iges; e o enxugamento da folha de pagamento dos colaboradores.

“Vamos dar uma grande contribuição à população do DF mantendo o atendimento nas unidades e entregando a construção das UPAs”, afirmou Occhi. “Mas, para isso, precisamos fazer o dever de casa e reorganizar todos os gastos. O controle dos gastos é o primeiro passo. E esses gastos envolvem contratos com prestadores de serviços, fornecedores e recursos humanos”, enumerou. “Temos que ter a capacidade de medir e saber o que ocorre para que possamos divulgar as nossas boas notícias.”

Aos colaboradores, Occhi pediu empenho e compromisso para que seja revertido o atual cenário de gastos do instituto. Para ele, todos são responsáveis por ações que levem o Iges a cumprir sua missão de ser referência em gestão na saúde. “O compromisso é fundamental para superarmos as dificuldades. O problema é de todos nós”, alertou.

Hospital de Base
Occhi disse ainda que o governador Ibaneis Rocha lhe conferiu a missão de trabalhar para que o Hospital de Base, que já é referência em saúde pública do Distrito Federal, seja também referência para o Brasil. “Um hospital onde todos queiram ser atendidos”, enfatizou, acrescentando que ações já estão em curso para melhorar o atendimento no HB.

Como exemplo, destacou que está retomando as conversações para que possa entrar em operação o equipamento PET-CT, um aparelho que faz exames de imagens de alta definição para diagnósticos oncológicos. O equipamento ficou largado durante sete anos num corredor do Hospital de Base e somente no ano passado foi instalado. Agora, aguarda autorização de funcionamento do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Para isso, Occhi anunciou que vai acelerar os procedimentos administrativos para que o Iges-DF receba o sinal verde. (Com informações do Iges-DF)

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