Novos negócios

Zema conduz Minas ao pleno emprego e atrai R$ 300 bi até 2026

Governador mineiro projeta geração de 150 mil vagas com carteira assinada neste ano

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Governador Romeu Zema ao tratar de aporte de R$ 3,6 bilhões com presidente da Usiminas, Alberto Akikazo Onu. Foto: Dirceu Aurélio/Imprensa MG

Resistindo à herança de terra arrasada deixada pelo governo petista de Fernando Pimentel, o segundo governo de Romeu Zema (Novo) prevê um aporte de R$ 300 bilhões de empresas que queiram implantar unidades ou expandir atividades no mercado de Minas Gerais, até 2026. Além da meta ousada, o governador já acredita que alcançará uma economia em pleno emprego ao final deste ano de 2023. As previsões foram expostas nesta terça-feira (31), pela Invest Minas, agência de atração de investimento do governo mineiro.

No ano eleitoral de 2022, Minas superou em 83% a meta do primeiro governo de Zema, com R$ 274,4 bilhões em investimentos formalizados. Desempenho que garantiu 630 mil empregos com carteira assinada de janeiro de 2019 a novembro de 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged).

“Temos dois grandes desafios agora. O primeiro, consolidar esses investimentos atraídos nos últimos quatros anos. Desses R$ 274 bilhões, 60% já estão em plena implantação. O restante está em fase de licenciamento ambiental e até buscando financiamentos para o projeto. Mas a notícia é boa, a média internacional dessa conversão é de 50%. Estamos acima da melhor prática global. O segundo desafio, é buscar mais”, conta João Paulo Braga, diretor-presidente da Invest Minas.

Governador Romeu Zema visitou fábrica em expansão, no Sul de Minas, durante pandemia. Foto: Gil Leonardi/Agência Minas/Arquivo

Pleno emprego

Braga afirma que o governo Zema tem a ambição de chegar nos 5% de desemprego, considerado de pleno emprego, com expectativa do governador de assegurar a geração neste ano de pelo menos 150 mil empregos com carteira assinada. “É o sonho dele de garantir um emprego digno para cada mineiro”, concluiu.

A taxa de desemprego hoje em Minas Gerais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 6,3% referente ao terceiro trimestre de 2022, o que representa 722 mil pessoas sem ocupação.

Na economia considerada em pleno emprego, a taxa de desocupação normalmente fica entre 3% e 5% da População Economicamente Ativa (PEA) e os trabalhadores conseguem ingressar ou voltar ao mercado de trabalho com mais agilidade e em um menor tempo possível.

Novos Investimentos

Minas inicia este segundo governo de Zema com dois grandes projetos sendo implantados no estado. A Midea, multinacional chinesa fabricantes de produtos da linha branca, investirá R$ 575 milhões, com a geração de 500 empregos diretos, ao conseguir licenciamento para a instalação em Pouso Alegre, no Sul de Minas. E Heineken vai investir R$ 2,4 bilhões e gerar de 350 empregos diretos, após receber do Comitê de Política Ambiental (Copam), na quinta-feira (26), a licença para implantação em Passos, município localizado também na região Sul de Minas.

“Nós já temos uma fábrica de refrigeradores em Extrema, Sul de Minas, que á a Panasonic. Agora, com essa fábrica da Midea, a gente cria uma dinâmica de desenvolvimento da cadeia do setor de linha branca ali na região. Fechamos janeiro, dentre muitos projetos, com esses dois, de alto poder transformador sendo licenciados, para começar efetivamente a serem implantados”, explica João Paulo.

Também foi anunciado, neste mês de janeiro, o anúncio de investimento de R$ 3,6 bilhões da Usiminas, em Ipatinga, no Vale do Aço. Serão R$ 2,7 bilhões para reformar o alto-forno 3 (obra iniciada em 2019), com a geração de 8 mil empregos temporários; e o restante na recuperação e reforma das caldeiras 2 e 3.

A Fulwood S.A. também investirá R$ 355 milhões em Minas, neste ano, na construção de pelo menos dois novos condomínios logísticos, nas cidades de Betim, na Grande BH, e em Extrema, no Sul de Minas. A empresa estima gerar de 2,5 a 3 mil empregos diretos, quando essas estruturas já estiverem em operação.

Além disso, representantes da Vallourec, sinalizaram ao governo mineiro mais investimentos que serão realizados no estado.

“Ninguém coloca o dinheiro naquilo que não confia, naquilo que não acredita. Esse trabalho envolveu tanto cumprir a palavra de pagar em dia, pagar as prefeituras em dia, como desburocratizar e simplificar o ambiente de negócios. Hoje, no Brasil inteiro as empresas já veem Minas Gerais com esse perfil. Nossa fama está se espalhando e isso contribui para que mais empresas olhem para Minas Gerais”, enfatiza o diretor-presidente da Invest Minas, ao lembrar que muitas empresas têm buscado conferir porque a concorrente veio para o estado.

Governador Romeu Zema (Novo) à margem do Rio São Francisco em Minas Gerais. Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

Foco na sustentabilidade

Com investimentos do primeiro mandato de Zema focados na mineração, energia renovável e ainda no e-commerce, fármacos e logística, em diversos setores, Minas terá a atração do capital privado dos próximos dez anos pautada pelas questões ligadas à sustentabilidade e à redução dos impactos climáticos.

“Independentemente do segmento, os investimentos que vão acontecer na próxima década vão estar ligados a isso. Para se ter uma ideia, recentemente a Nestlè anunciou aporte de R$ 2 bilhões em Minas para produzir capsulas de café, que são de papel, portanto biodegradáveis”, exemplifica o presidente da Invest Minas.

Zema formalizou, ano passado, a adesão de Minas à campanha Race do Zero, para zerar as emissões de Carbono até 2050, com intensificação de ações de descarbonização, atração de investimentos para negócios sustentáveis e para a criação de empregos verdes.

O desafio, explica João Paulo Braga, é saber quais são os tipos de investimentos, tanto de empresas existentes no Estado quanto de novas que vierem para Minas, para atingir a meta de neutralidade de carbono.

“O setor siderúrgico, por exemplo, é muito importante para o nosso Estado. Você tem um grande esforço desse segmento de, cada vez mais, usar fontes renováveis de energia, como a madeira de carvão vegetal, de floresta plantada. E Minas tem potencial muito forte nesse segmento. Porque se você olhar o setor siderúrgico na China, na própria Europa, está produzindo com carvão mineral. E aqui a gente já tem a competitividade do nosso produto, de ser um produto verde”, concluiu Braga, por meio da Agência Minas.

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