Dispensando provas

Prisão de Valdemar é sinalização a Pacheco, diz deputado

José Medeiros (PL-MT) falou ao Diário do Poder enquanto retorna à Brasília para reuniões com o PL

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O deputado federal, José Medeiros (PL-MT). (Foto: Agência Câmara)

O deputado federal José Medeiros (PL-MT) disse em entrevista ao Diário do Poder que a operação da Polícia Federal contra o Presidente Nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, é umasinalização bacana’ do judiciário ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em virtude da troca recente de acusações com o líder partidário, que em declaração à imprensa, chegou a dizer que Pacheco é ‘frouxo’ por não impedir ações de busca e apreensão dentro do parlamento.

“Querem dizer ao Pacheco, olha somos seus amigos”, pondera o deputado

Enquanto conversava com o DP, o parlamentar estava prestes a embarcar à Brasília para se reunir com a cúpula do PL sobre os últimos fatos. “Estou indo lá para alertar. Eles [Polícia e judiciário] não estão em busca de aferir a verdade. Já têm o desfecho definido”.

Perguntado sobre a expectativa a respeito das próximas ações, Medeiros analisou: “a gente está daquele jeito, como quando dizem que um parente foi internado. Já na expectativa do pior”.

Quando a questão é uma possível prisão do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, o deputado dispara: “não sei como ainda não o prenderam”. Medeiros completa dizendo que “para prender Bolsonaro, não precisam de materialidades. Só precisam de uma boa história”.

Ele sequer acredita que está formada uma ‘cortina de fumaça’ para abafar o desempenho econômico do atual governo ou supostas contradições do judiciário.

“É pura perseguição política. Não estão preocupados nem em escancarar que agora as esposas dos ministros podem atuar como advogadas no STF”.

O parlamentar, que já teve contas de redes sociais suspensas pelo ministro Alexandre de Moraes, diz também que alertou, durante o governo Bolsonaro, sobre suposto ‘extrapolar dos limites’ por parte do Ministro Alexandre de Moraes. Medeiros acrescenta que seu pedido protocolado por um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi submetido a um ‘reducionismo’. “Como se eu houvesse pedido GLO por causa da conta suspensa. Mas foi pela situação toda”.

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