'Hacker' de Araraquara

De influencer a senador, Walter Delgatti hackeou 176 personalidades

Denúncia da PGR identificou a interceptação telefônica de políticos, influenciadores e empresários. Veja a lista completa

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Imagem extraída de denúncia da PGR

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o estelionatário Walter Delgatti invadiu as redes sociais de 176 pessoas, utilizando técnicas que conciliavam a exploração de uma brecha no sistema de telefonia móvel com um esforço de engenharia social para ter acesso ao histórico de mensagens.

A lista de pessoas hackeadas por Delgatti apresenta convergências. A maioria das vítimas são personalidades, como ministros, jornalistas ligados a grandes emissoras, empresários e políticos influentes. De acordo com laudo pericial, um seleto grupo composto por 30 pessoas, das quais o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, fazia parte, era monitorado em tempo real.

Imagem extraída de denúncia da PGR

O relatório ainda especifica que no momento da realização da perícia, “dos 176 atalhos acima citados, 110  estavam ativos e realizando a interceptação das comunicações telefônicas das vítimas”. O empresário Abilio Diniz e o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, encabeçam a lista de pessoas que tiveram contas violadas pelo hacker, seguidos pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), os senadores Davi Alcolumbre (União-RJ), Cid Gomes (PDT-CE), Sérgio Moro (União-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (MDB-RJ),o humorista Gregório Duvivier e até a influenciadora Dora Figueiredo.

O relatório foi gerado no contexto da operação ‘Spoofing’. A denúncia da PGR pesou na condenação de Delgatti a 20 anos por invadir os dispositivos telemáticos de autoridades. No momento, o hacker de Araraquara está detido no escopo das investigações sobre suposta tentativa de fraude nas eleições de 2022.

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