Operação Lesa Pátria

PF cumpre 32 mandados de prisão por atos de 8 de janeiro

Homem que sentou na cadeira de Moraes no STF, o que robou bola de Neymar e mulher que pichou estátua foram presos

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Estátua da Justiça foi pichada com batom. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 17, a oitava fase da Operação Lesa Pátria, que tem como alvos os suspeitos de participação nos atos que vandalizaram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, em protesto contra a eleição do presidente Lula.

São cumpridos 32 mandados judiciais de prisão preventiva e 46 de busca e apreensão, em dez estados.

As investigações policiais buscam identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos antidemocráticos. Os condenados podem responder por crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Entre os presos desta fase da Lesa Pátria estão Débora Santos, suspeita de pichar a estátua da Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela foi presa em Paulínia pela Polícia Federal de Campinas.

Também foi preso Nelson Ribeiro Fonseca, que furtou do Congresso Nacional uma bola autografada por Neymar. Nelson foi preso em Sorocaba. Em 28 de janeiro, o suspeito entrou em contato com a Polícia Militar (PM) para informar que estava com o objeto e o devolveu.

A PF também prendeu, em Penápolis (SP), o mecânico Fábio Alexandre de Oliveira, que apareceu em vídeo sentado na cadeira do ministro do STF, Alexandre de Moraes, já retirada do prédio do prédio do STF. Sentado na poltrona, ele xinga o magistrado de ‘vagabundo’ e diz: “Cadeira do Xandão agora com irmão Fábio, já era”.

Ao todo, já foram instaurados sete inquéritos para apurar os fatos e as responsabilidades: três específicos contra parlamentares que participaram dos atos, um contra financiadores, um contra autores intelectuais, um contra os executores materiais e outro contra as autoridades do Distrito Federal – o governador Ibaneis Rocha, que chegou a ser afastado do cargo; o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres e o ex-comandante-geral da Polícia Militar, Fábio Vieira.

Além das prisões preventivas realizadas durante as diversas fases da Lesa Pátria, 2.151 pessoas suspeitas de participar dos atos já tinham sido presas entre os dias 8 e 9 de janeiro, no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.

Destas, 294 permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

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