Cláudio Humberto
Coluna CH / 17 de março

TSE trava processo e favorece irmão de Fidelix que tomou o PRTB

acessibilidade:
Sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (Foto: LR Moreira/Secom/TSE).

A disputa pelo comando do PRTB estacionou sem razão aparente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não devolve o processo à 12ª Vara Cível de São Paulo. O partido, fundado por Levy Fidelix foi tomado na mão grande pelo seu irmão Júlio, afastando da presidência a viúva Aldineia Fidelix, que era vice-presidente quando Levy faleceu de covid, em 2021. Ela assumiu a presidência, claro. Aldineia vinha ganhando a disputa até que o processo chegou ao TSE devido o período eleitoral.

Foi e não voltou

Esgotado o período eleitoral, o processo deveria ter voltado para a Justiça de São Paulo em dezembro, o que até hoje não ocorreu.

Caso de Justiça

A sucessão por Aldineia foi questionada por Júlio, que perdeu na primeira instância, mas ganhou curiosa liminar no TSE.

O que dizem

A defesa de Aldineia confirma a morosidade. No PRTB, hoje em mãos estranhas, ninguém respondeu às tentativas de contato da coluna.

Pouco explica

O TSE não explica o motivo de não devolver a ação. Questionado, o TSE se limitou a informar, pela assessoria, o link da tramitação do processo.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve na Favela da Maré.

Comissão avalia convocar Dino a explicar por que não foi ao RN, mas visitou favela armada

O Rio Grande do Norte está sob ataque de criminosos, mas o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não pôs os pés no Estado, mas fez polêmica visita a uma favela controlada por traficantes, no Rio, à qual chegou sem escolta. Achando tudo isso muito estranho, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, presidida pelo delegado federal e deputado Sanderson (PL-RS), avalia convocar Dino a explicar seu comportamento considerado “estranho”.

Plano de segurança

Parlamentares da comissão estranham também o fato de o ministro se deslocar à favela para receber de uma ONG um “plano de segurança”.

Lugar de trabalho

Para os políticos, o ministro é que deveria receber essas pessoas em seu gabinete, em agenda aberta e pública.

Ataque como defesa

Como é habitual, Flávio Dino reagiu agressivamente: não se explicou e nas redes sociais atribuiu as críticas à “extrema direta”.

Poder sem Pudor

Ônus do poder

O eletricitário e ex-sindicalista Antônio Rogério Magri era ministro do Trabalho quando começou a dar sinais de abatimento, em maio de 1991, diante da saraivada de críticas, passando a evitar jornalistas e declarações públicas. Enfim desabafou a um colega de ministério: “Já ganhei 50 centavos por hora furando túneis, para colocar cabo de eletricidade, e ninguém prestava atenção no meu salário. Agora, no ministério, todo o mundo se preocupa com ele...”

Empregos extintos

O conselho da Camex discutiu ontem o fim da isenção de impostos de importação de produtos ligados a covid, mas manteve segredo. Isso fez a China inundar o Brasil com máscaras, luvas e seringas, extinguindo milhares de empregos e suspendendo R$230 milhões em investimentos.

Apoio na marra

A ordem é do “olimpo”, agora que o espaço do partido já foi garantido na Câmara: Arthur Lira (PP-AL) agora vai virar alvo, na Câmara e na mídia. O objetivo é descrédito, forçá-lo a fechar acordo para apoiar o governo.

Malas e cuia

Lula planeja levar sua viagem à China, no dia 26, uma comitiva de 39 parlamentares, além de quatro ministros de Estado e um governador. É a retomada das farras internacionais com dinheiro público.

Cearenses na aba

Farão o passeio à China, por nossa conta, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e dois deputados: o líder do governo na Câmara, José Guimarães, e o do PDT, André Figueredo. Coitado do Tesouro.

Frase do dia

“Eu estou simplesmente feliz. Não tenho mágoa no coração”

Ibaneis Rocha, governador do DF, exercitando sua conhecida inteligência emocional

Afinando o discurso

O governo deve se reunir para dissecar a reforma fiscal. Devem participar, além de Lula, os ministros Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Ester Dweck (Gestão).

Turbulência

Na posse como presidente do Superior Tribunal Militar, nesta quinta (16), o ministro Joseli Camelo divertia os presentes com histórias de quando pilotava o avião presidencial, como o medo de Dilma de voar.

Questão de gênero

Começou quente a sessão da Comissão de Cultura da Câmara. Marco Feliciano (PL-SP) bateu boca com governistas após questionar se a ministra da Cultura, Margareth Menezes, era mulher.

Duas medidas

Lula voltou a enfrentar acusações de gordofobia por afirmar, em coletiva no Planalto, que “obesidade é doença”. Mas ele pode: os jornalões nem mesmo insinuaram sua prisão, como o fariam em tempos recentes.

Pergunta na crise

Governo sem maioria governa?

Reportar Erro