Na Câmara dos Deputados

Flávio Dino é aguardado para esclarecer ações pós-8 de janeiro e ida ao Complexo da Maré

CCJ da Câmara dos Deputados aprovou convite para ouvir explicações do Ministro da Justiça

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O deboche e faltas de Dino a convocações também minaram a relação do ministro com parlamentares, que aprovam, ou não, indicados ao STF. (Foto: Marcelo Camargo/ ABr)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deve comparecer à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 28, para esclarecer ações após os ataques de 8 de janeiro e sua ida ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

O convite para a ida do auxiliar do presidente Lula (PT) foi aprovado na semana passada.

O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), queria, a princípio, convocar o ministro. “Ele [Flávio Dino] precisa esclarecer os acontecimentos de 8/1, a ida dele ao Complexo da Maré sem segurança e também a tentativa de intimidação de parlamentares, peticionando o Supremo Tribunal Federal para nos censurar”, disse o parlamentar. Jordy é um dos seis parlamentares contra quem o ministro entrou com notícia-crime por fake news junto ao STF.

O deputado Marco Feliciano (PL-SP), por sua vez, quer que o ministro explique por que houve sigilo das câmeras de filmagem do Palácio do Planalto nos eventos do dia 8, além de esclarecer as mudanças na política de armamento.

A ida de Dino ao Complexo da Maré, no último dia 13 de março, foi bastante questionada pela oposição. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, publicou nas redes sociais um vídeo que mostra a visita do ministro. Na postagem, Eduardo afirma que Flávio Dino entrou no “complexo de favelas mais armado do Rio com apenas dois carros e sem trocar tiros”, o que, segundo ele, mostraria um suposto envolvimento do ministro com o crime.

Entre os pontos de questionamento para Flávio Dino estão:

– Mudanças na política de controle de armas do governo federal;

– Ações adotadas no âmbito de seu ministério e do governo após os ataques ocorridos no dia 8 de janeiro;

– Visita que fez ao Complexo da Maré e as manifestações de discriminação social e racial e criminalização da pobreza relacionadas ao episódio;

– Balanço dos primeiros meses de atuação à frente do ministério, citando prioridades e diretrizes para o resto do ano.

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