sessão tumultuada

“Crime de opinião no Brasil não existe”, diz Hang à CPI

O empresário é investigado pelo financiamento de blog que divulgou fake news durante pandemia

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Luciano Hang depõe à CPI nesta quarta-feira. Foto: TV Senado/Reprodução

O empresário Luciano Hang inicia seu depoimento à CPI da Pandemia informando que prestará todas as informações solicitadas pelos senadores sem habeas corpus concedido para manter o silêncio, pois não deve nada a ninguém.

A CPI analisa o possível financiamento de um blog que divulgou fake news durante a pandemia, sobretudo no que tange ao tratamento precoce.

“Não sou contra a vacina, tanto que utilizamos os estacionamentos de nossas lojas como ponto de vacinação”, diz Hang.

Questionado pelo relator, o senador Renan Calheiros, se Luciano tem contas no exterior, o empresário informa que como sua loja importa produtos para revender, é necessário manter as contas, mas que todas estão legalizadas. “Todas nossas contas no exterior são da empresa”, diz.

Renan questiona se o empresário já recebeu incentivo fiscal de alguma esfera do governo. Luciano diz que a Havan está presente em diversos estados e que, eventualmente, recebe incentivo dentro da legalidade. “Nós temos 20 estados, temos 160 lojas que pode ter isenção fiscal. Recebi, normal”.

“Graças a Deus não peguei um centavo”, diz Hang sobre a questão de Calheiros sobre empréstimos contratados com bancos estatais. Luciano diz ainda que nunca contratou empréstimo com banco público para não ser acusado de ser financiado pelo governo.

A sessão foi suspensa por cinco minutos, após tumulto envolvendo o senado Rogério Carvalho que pediu a exclusão de um advogado de Luciano Hang, por considerar que foi desrespeitado. Omar Aziz, o presidente, determinou que o depoente fosse assessorado, então, por somente um advogado.

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