Triste dia

Ex-presidente José Sarney lamenta morte do jornalista Orlando Brito

Fotojornalista fez a cobertura do Palácio do Planalto. O Ministério das Relações Exteriores também manifestou pesar pelo ocorrido

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Orlando Brito, ícone do fotojornalismo brasileiro, faleceu aos 72 anos

O ex-presidente da República José Sarney lamentou o falecimento do fotógrafo e jornalsita Orlando Brito, nesta sexta-feira (11). “Fomos grandes amigos”, revelou Sarney, “sua morte me deixa inconformado”. Brito já fazia a cobertura da Presidência da República quando Sarney assumiu o Palácio do Planalto, função que continuou a exercer até os dias de hoje.

“A História do Brasil nos últimos cinquenta anos está contada nas imagens feitas por ele”, escreveu Sarney, que também foi presidente do Senado. “Quero me solidarizar com seus companheiros de profissão — todos seus amigos — e com sua família na imensa tristeza de sua ausência”.

Itamaraty

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, também manifestou pesar sobre o falecimento de Brito, que chamou de “ícone do fotojornalismo brasileiro”.  O Itamaraty lembrou que “as fotografias de Orlando Brito integram acervos de colecionadores institucionais de relevo, no Brasil e no exterior”, além de ter sido homenageado com dezenas de prêmios, incluindo o World Press Photo Prize.

“O Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Carlos Alberto Franco França, manifesta suas condolências aos familiares, colegas e amigos de Orlando Brito e se junta aos muitos brasileiros que lamentam a perda de um de seus maiores fotojornalistas”, diz a nota.

Leia abaixo a íntegra a nota do ex-presidente José Sarney e a notta do Ministério das Relações Exteriores sobre a morte de Orlando Brito.

Ex-presidente da República José Sarney:

O papel do jornalista é capturar o fato e exprimir o seu significado. Foi o que Orlando Brito fez como poucos, com sua câmera disparando no “momento decisivo”, na fórmula de seu ídolo, o francês Cartier Bresson. A História do Brasil nos últimos cinquenta anos está contada nas imagens feitas por ele.

Extraordinária criatura, bom amigo, generoso, pronto para ajudar a quem precisasse, começando pelos mais novos na profissão, Brito soube como ninguém formar um acervo de fontes que o transformou numa das principais fontes de Brasília. Depois de elevar a fotografia jornalística a arte, mantinha-se como um dos grandes intérpretes de nosso tempo.

Fomos grandes amigos. Sua morte me deixa inconformado. Quero me solidarizar com seus companheiros de profissão — todos seus amigos — e com sua família na imensa tristeza de sua ausência.

José Sarney

Nota do Ministério das Relações Exteriores:

O Ministério das Relações Exteriores recebeu com pesar a notícia do falecimento do repórter-fotográfico Orlando Brito, na madrugada de hoje, em Brasília.

Ícone do fotojornalismo brasileiro, foi reconhecido nacional e internacionalmente em inúmeras premiações, com destaque para o World Press Photo Prize (1979), concedido pelo Museu Van Gogh, nos Países Baixos, e o Prêmio Abril de Fotografia, no qual foi laureado 11 vezes e considerado “hors-concours”. Foi agraciado ainda com os prêmios de Aquisição da I Bienal de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e da Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba.

As fotografias de Orlando Brito integram acervos de colecionadores institucionais de relevo, no Brasil e no exterior, como o Museu Georges Pompidou, em Paris, o Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, o MASP, o Instituto Moreira Salles e a Enciclopédia de Artes Visuais do Instituto Cultural Itaú, estes últimos em São Paulo. Tendo fotografado em mais de 60 países, sua obra foi exposta em várias cidades do exterior, como Londres, Nova York, Paris, Tóquio, Madri, Lisboa, Basiléia e Buenos Aires, por vezes com apoio do Ministério das Relações Exteriores.

O Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Carlos Alberto Franco França, manifesta suas condolências aos familiares, colegas e amigos de Orlando Brito e se junta aos muitos brasileiros que lamentam a perda de um de seus maiores fotojornalistas, que documentou como poucos a realidade nacional e a difundiu no Brasil e no exterior.

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