Sogro de ministro da Lula usa repartição do genro para ‘encontrinhos’
Fialho diz não ter nenhum vínculo e que foi apenas "prestigiar o genro"
O sogro de Juscelino Filho, ministro das Comunicações do governo de Lula, Fernando Fialho, mesmo sem ter cargo público ou nomeação a função no governo atual tem realizado reuniões no gabinete do genro. A informação é do jornal O Estado de São Paulo.
Documentos que constam os registros de entrada e saída do ministério mostram que Fernando Fialho está atendendo na sede da pasta, em Brasília. Fialho recebeu pelo menos quatro convidados entre fevereiro e março. Porém, não se sabe ao certo o número exato, visto que nem todas as visitas são registradas.
O ministério confirmou que o sogro de Juscelino despacha na pasta. O argumento utilizado foi que ele contribui “com sua experiência” em favor ao governo.
Fialho não possuí experiência na área de comunicações. Entre os anos de 2006 à 2012 foi diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). De abril de 2o12 a dezembro de 2014 atuou também como secretário de estado do Maranhão, durante o segundo mandato de Roseana Sarney (MDB).
Durante sua passagem pelo governo do Maranhão, foi alvo de um processo no qual se tornou réu, sendo acusado por desvio de dinheiro público.
Fernando controla atualmente cinco empresas, porem nenhuma se encaixa no ramo da comunicação. De acordo com dados da Receita Federal, as companhias são das áreas de portos, mineração, criação animal, consultoria e construção.
Uma das ocasiões em que Fialho recebeu convidados, Juscelino estava a 2 mil quilômetros da capital. No dia 17 de março , Fernando recebeu a visita do diretor da Infovia Digital, Luiz Claudio Soares Ferreira que afirmou que o encontro foi para “expansão de conectividade”.
O sogro de Juscelino também assumiu que esteve presente “algumas vezes” no ministério das Comunicações. Declarou, porém que é “falacioso” e “leviano” afirmar que ele atua na pasta ou exerce qualquer função. Segundo Fialho, a sua contribuição “é meramente de um conselheiro informal”
“Não tenho nenhum vínculo com o setor de comunicações. Fui prestigiar meu genro frente ao seu novo desafio.”